Nos primeiros sete meses de 2023, foram abertas aproximadamente 2,3 milhões de empresas no Brasil. Considerando que 1,2 milhão de negócios foram fechados nesse mesmo período, o saldo positivo ficou em cerca de 1 milhão, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
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Com isso, levando em conta os dados fornecidos até julho, o país chegou a 21,6 milhões de empresas ativas, incluindo negócios de diferentes portes e segmentos. Os dados são vistos com otimismo pelo advogado Nilton Serson, especializado em negociação e mercado de capitais pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos.
“Trata-se de um indicativo de recuperação econômica vigorosa”, diz Serson. “Há vários fatores que podem explicar esse aumento significativo no número de empresas abertas. Primeiramente, as medidas de estímulo econômico e políticas de apoio ao empreendedorismo desempenharam um papel crucial.”
Outro motivo citado é o avanço da tecnologia. Graças à digitalização, é possível abrir e operar um negócio de maneira totalmente on-line, o que agiliza e facilita todo o processo.
“Também é possível que muitos indivíduos tenham se voltado para o empreendedorismo como resposta à perda de empregos ou mudanças no mercado de trabalho devido à pandemia”, pontua. “Esse cenário representa uma diversificação na economia e uma adaptação às novas realidades globais”, completa o especialista.
O desafio de manter uma empresa “viva” e lucrativa
Apesar do saldo positivo, a taxa de mortalidade das empresas ainda traz preocupação, especialmente a dos pequenos negócios. De acordo com dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), 29% dos MEIs (Microempreendedores Individuais) encerram suas atividades em um intervalo de cinco anos.
Essa porcentagem é de 21,6% nas microempresas e de 17% naquelas que se enquadram como de pequeno porte. Para garantir a estabilidade do negócio, Serson orienta que os empreendedores adotem estratégias e ferramentas que vão da inovação ao uso do marketing digital.
“É importante estar sempre buscando novas ideias e abordagens para se manter à frente da concorrência. Além disso, a gestão financeira sólida é essencial para garantir a sustentabilidade e o crescimento da empresa”, recomenda o especialista.
O foco no cliente é outro ponto apontado como crucial. Os negócios precisam entender o perfil do seu público, suas necessidades e oferecer condições vantajosas no intuito de fidelizá-lo, explica.
Em um cenário de constantes transformações, Serson ressalta que todos devem estar atentos a novidades e tendências que forem surgindo em seu nicho, especialmente as que envolvem tecnologia, análise de dados e inteligência artificial.
“As empresas devem estar preparadas para se adaptar rapidamente. A capacidade de ser resiliente e flexível em tempos de incerteza pode ser a chave para a sobrevivência e sucesso a longo prazo de qualquer negócio.”
Para saber mais, basta acessar: http://niltonserson.com/