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Corrida das crianças para fazer xixi pode ser um alerta

O urologista Carlo Passerotti afirma que a simples observação desse comportamento pode evitar infecções que afetam o aparelho urinário

Corrida das crianças para fazer xixi pode ser um alerta
Corrida das crianças para fazer xixi pode ser um alerta

Os especialistas em doenças do aparelho urinário apontam que a corrida da criança ao banheiro pode ser um ponto de atenção para os pais. Para eles, o gesto quase natural indica que aquela criança prendeu o xixi por tanto tempo, que só correu para o banheiro quando já não aguentava mais segurar a vontade de urinar. O Manual de UroPediatria para médicos, produzido em conjunto pelas Sociedades Brasileiras de Urologia e Pediatria, aponta o comportamento da criança como um alerta para os pais identificarem eventuais Infecções do Trato Urinário (ITU) nos filhos.

De acordo com a publicação, os pais devem ficar atentos às chamadas “manobras de retenção” que atitudes corporais das crianças, como o cruzamento das pernas para apertar ou tracionar a genitália, ou acocorar-se pressionando o períneo contra os calcanhares para impedir ou retardar à micção. 

O Manual de UroPediatria serve como guia para os pediatras identificarem as doenças do aparelho urinário ainda no consultório e indicarem o tratamento mais adequado para cada caso, especialmente as Infecções do Trato Urinário (ITU) que atingem 2% dos meninos até 2 anos e até 11% das meninas até os 7 anos.  

Segundo o urologista Carlo Passerotti, os pais devem ficar alertas quando as crianças começam a correr para o banheiro, porque esse gesto quase natural, de forma repetida, pode levar à ITU. “Se essa criança prendeu o xixi por muito tempo, significa que ela só correu para o banheiro quando não aguentou mais segurar a vontade de urinar. E é nessa retenção sistemática que está o maior problema”. 

O urologista explica que as Infecções do Trato Urinário são um marcador importante anomalias, nos rins, na bexiga ou no canal da uretra. “Há, por exemplo, o risco de sepse e de cicatrizes renais, que a longo prazo, podem levar a problemas mais sérios, como cálculos renais, hipertensão e até a pielonefrite – que causa perda da função renal”, acrescenta Passerotti. 

O especialista orienta aos pais que o treinamento miccional, ou uma conscientização da criança, podem impedir o desenvolvimento da ITU. Mas, o médico enfatiza, se a criança apresentar qualquer sintoma, ela deve passar por uma avaliação médica imediata. “Quanto mais rápida for a ação dos pais a qualquer sinal de dor na região abdominal e de dificuldades de a criança urinar, mais eficiente será o tratamento e maiores serão as chances de impedir a evolução do quadro para um problema mais grave”, finaliza.  

Sobre o Dr. Carlo Passerotti 

CRM 100530 SP – CNRM 729541 – CNRM 599501

Estudou Medicina na Escola Paulista de Medicina (EPM), e também mestrado e doutorado na Universidade Federal de São Paulo. Pós-doutorado em cirurgia robótica na Harvard Medical School, Boston, onde foi o primeiro brasileiro a ser certificado e treinado em cirurgia robótica. Atualmente é Professor Livre-docente pela Faculdade de Medicina da USP, orientador na pós-graduação da Universidade de São Paulo, e coordenador do serviço de Urologia e Cirurgia Robótica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. 

Redes sociais: 

Instagram: www.instagram.com/carlo.passerotti 

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