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Compositor brasileiro atua em produções nos EUA

Especializado em trilhas sonoras e com experiência na fusão da música étnica com orquestral e eletrônica, Antonio Ibrahine detalha seu processo criativo e se prepara para diversos projetos com produtoras e compositores norte-americanos

Atualmente trabalhando com empresas de Los Angeles, nos Estados Unidos, o compositor, orquestrador e arranjador brasileiro Antonio Ibrahine está criando músicas originais para as séries de álbuns History Tones e Earth Tones, ambas produzidas pela Bleeding Fingers, empresa comandada por Hans Zimmer, compositor de Piratas do Caribe e duas vezes ganhador do Oscar com Rei Leão e Duna. O músico também está trabalhando em um arranjo e orquestração para o compositor e ganhador do Latin Grammy Daniel Figueiredo, responsável pela trilha sonora da novela Reis, da Record.

Os trabalhos são diretamente relacionados à música étnica, uma marca da criação de Ibrahine, que une este tipo de música aos gêneros orquestral e eletrônico. Nascido no Rio de Janeiro, Ibrahine atua com música há 20 anos, é multi-instrumentista, especializou-se em música para cinema na Filmuniversitaet Babelsberg, na Alemanha e fez o curso “música para filme/TV” da USC (Universidade do Sul da Califórnia). Desde o ano passado, trabalha com empresas e compositores de trilha sonora em Los Angeles.

A união de música étnica, orquestral e eletrônica foi uma das características do trabalho de Ibrahine que o aproximou das produções da Bleeding Fingers, empresa do compositor de trilhas sonoras Hans Zimmer. Os álbuns History Tones e Earth Tones são produzidos para serem licenciados por empresas da indústria cinematográfica, como History Channel e BBC.

Para compor aproximando três gêneros musicais tão distintos, Ibrahine explica que é preciso se dedicar a um estudo profundo da música étnica em questão antes de começar a criar. “É necessário entender, por exemplo, dos principais instrumentos usados, das progressões harmônicas, o estilo melódico”, diz. “Depois, eu começo a compor um rascunho ao piano, que deve soar perfeitamente autêntico dentro do estilo desejado – como música eslava. Em seguida, começo a produzir a música para orquestra e música eletrônica conjuntamente”, detalha o artista.

O domínio de Ibrahine na produção de música orquestral e trilhas sonoras aliado aos seus conhecimentos em música étnica também já lhe trouxe parcerias com compositores dos Estados Unidos com os quais ele irá trabalhar nos próximos anos. O músico se prepara para desenvolver projetos com Keith Horn, compositor de Muppet Babies, além de participar da composição das trilhas sonoras de Perfect City: The Patients (Beijing Yiwei Culture and Media CO) e de Charlie and Addy (MacKenzie Drive Productions LLC).

“O processo de compor esse som híbrido da música orquestral-eletrônica aplicada à música étnica envolve muito cuidado para não acabar subvertendo a música de uma determinada cultura”, pontua. “Por esse motivo eu prefiro começar focando na música étnica, e depois eu entro num processo quase que puramente de arranjo e orquestração do que foi planejado.”

O compositor esclarece ainda que a música orquestral-eletrônica é o meio pelo qual a música étnica será expressa, motivo pelo qual prefere sempre começar pelo estudo dessa última.

Recentemente, Ibrahine também trabalhou como orquestrador e preparador musical do circo de relevância internacional, Big Apple Circus se apresentando em Nova York, e como editor de música de The Unquiet Dead, filme de terror que recebeu premiações internacionais (“Best Horror” no Tokyo Film Awards e “Best Horror” no Budapest Film Fest). 

“Ser compositor, orquestrador e arranjador em Los Angeles traz desafios constantes, mas isso significa também, para mim, constante aprimoramento tanto pessoal quanto profissionalmente”, finaliza o músico.

Para saber mais, basta acessar http://www.antonioibrahine.com ou https://www.instagram.com/antonio.ibrahine/

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