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Logística refrigerada tem contribuído com a redução de desperdício de alimentos

Segundo dados da ONU o desperdício de alimentos no mundo é um problema que afeta as populações mais vulneráveis gerando mais pobreza e desigualdade social. Na busca por mudar essa realidade, empresas do setor logístico têm buscado cada vez mais práticas conscientes para evitar o desperdício durante o transporte.

Logística refrigerada tem contribuído com a redução de desperdício de alimentos
Logística refrigerada tem contribuído com a redução de desperdício de alimentos

O desperdício de alimentos durante o transporte é uma questão crítica que resulta em significativas perdas financeiras para produtores, transportadores e varejistas, além de contribuir para a má utilização de recursos que poderiam ser direcionados para áreas mais necessitadas. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, cerca de um terço de todos os alimentos produzidos globalmente são desperdiçados, somando aproximadamente 13 bilhões de toneladas de comida anualmente.

Este cenário se torna ainda mais alarmante quando se considera que 735 milhões de pessoas passam fome diariamente, conforme dados do relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI) 2023”, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) através do Gov.br. Além dos impactos sociais, o desperdício de alimentos acarreta prejuízos financeiros e ambientais, afetando todos os aspectos das boas práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).

Uma cadeia de frio eficiente pode reduzir substancialmente o desperdício de alimentos, posicionando as empresas do setor como protagonistas na transformação desse cenário. Estima-se que cerca de 17% dos alimentos produzidos mundialmente são desperdiçados, mas soluções tecnológicas podem ajudar a mitigar essa situação.

Os principais fatores que contribuem para o desperdício de alimentos durante o transporte envolvem fatores como manuseio inadequado, falta de cuidado ao carregar e descarregar alimentos, uso de equipamentos inadequados, como empilhadeiras e pallets danificados, falta de treinamento dos funcionários envolvidos no transporte e armazenagem ineficiente e inadequada principalmente para os alimentos perecíveis necessitam de condições, além disso, fatores adversos e externos como colisões, tombamentos e outros incidentes que resultam em danos aos alimentos transportados, em casos graves, alimentos muitas vezes, devem ser descartados por questões de segurança e higiene.

A inovação tecnológica tem se mostrado uma aliada poderosa na redução do desperdício de alimentos, como monitoramento inteligente da temperatura, sensores e dispositivos conectados à Internet das Coisas (IoT) permitem rastrear e controlar as condições de armazenamento e transporte dos alimentos em tempo real. Monitoramento constante de dados como temperatura e umidade garante que os produtos sejam mantidos em condições ideais. Em caso de desvios, alertas imediatos permitem ações corretivas antes que os produtos se deteriorem.

Essas inovações são essenciais para assegurar que os alimentos mantenham sua qualidade e características necessárias durante toda a jornada do campo à cesta de compras. A implementação de tecnologias avançadas na logística refrigerada não apenas reduz o desperdício, mas também contribui para a sustentabilidade e a eficiência da cadeia de abastecimento alimentar.

Segundo Vitor Barbosa, Diretor Executivo da Complex, empresa que realiza transporte refrigerado, a eficiência na logística refrigerada desempenha um papel crucial na redução do desperdício de alimentos, trazendo benefícios econômicos, sociais e ambientais. Com a aplicação de tecnologias avançadas, é possível garantir que os alimentos cheguem aos consumidores finais em perfeitas condições, minimizando perdas e contribuindo para a segurança alimentar global. Lucas acrescenta “Embora a logística refrigerada eficiente seja uma importante aliada na redução do desperdício de alimentos, ainda existem desafios a serem superados para tornar essa prática mais disseminada e acessível.”

Para ele, “além dos aspectos sociais, também é preciso somar os prejuízos financeiros, com milhões desperdiçados todos os anos na produção, transporte e armazenamento desses alimentos, fora os impactos ambientais. Ou seja, este é um problema que atinge todos os aspectos do ESG, que estabelece boas práticas em relação a questões ambientais, sociais e de governança.” E finaliza, “essa evolução passa pela conscientização. É essencial que produtores, transportadores, varejistas e consumidores entendam o papel crucial que desempenham na redução do desperdício de alimentos e adotem práticas mais sustentáveis.”

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