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Moradia adequada pode salvar 700 mil vidas por ano

No Brasil, de acordo com este mesmo relatório, se toda a população tivesse uma moradia adequada para viver, o país sairia da 87ª para a 73ª posição no ranking de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).

Moradia adequada pode salvar 700 mil vidas por ano
Moradia adequada pode salvar 700 mil vidas por ano

Garantir moradia adequada universal poderia salvar a vida de 700 mil pessoas todos os anos no mundo. É o que mostra o relatório “Melhorando a habitação em assentamentos informais: avaliando os impactos no desenvolvimento humano”, que faz parte da campanha global “Nossa Casa” (em inglês, “Home Equals”), lançada pela Habitat para a Humanidade Internacional no mês de maio. O estudo, realizado durante três meses, foi baseado em uma metodologia de modelagem exclusiva, combinando uma revisão de mais de 130 artigos e relatórios com 72 indicadores em 102 países de baixa e média renda. 

No Brasil, de acordo com este mesmo relatório, se toda a população tivesse uma moradia adequada para viver, o país sairia da 87ª para a 73ª posição no ranking de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).

Resultados potenciais

No âmbito global, a garantia de moradia adequada universal aumentaria em até 10,5% o produto interno bruto (PIB) e a renda per capita. Cerca de 41,6 milhões a mais de crianças e jovens poderiam se matricular na educação primária e secundária graças à melhoria das moradias em assentamentos precários. 

No caso do Brasil, segundo o estudo, além de subir 14 posições no IDH, o país teria um crescimento de 6% no PIB e aumentos de 1% na expectativa de vida e de 13% nos anos de escolaridade.

Moradia como prioridade de governos

O relatório apela para que os governos priorizem a habitação como alavanca para o desenvolvimento humano equitativo, melhorem os resultados do desenvolvimento, gerem crescimento econômico e cuidem do meio ambiente. O estudo sugere ainda adotar uma abordagem abrangente para a habitação em assentamentos informais, que leve em conta não apenas a estrutura em si, como também a posse segura e a disponibilização de serviços básicos.

“A posse segura da habitação ou da terra é fundamental para que consigamos combater as desigualdades, garantindo meios básicos de sobrevivência não só para a geração atual, como também para as futuras gerações. Por isso, é tão importante que o tema esteja na agenda prioritária dos governos”, defende a diretora executiva da Habitat para a Humanidade Brasil, Socorro Leite.

Campanha Nossa Casa

O relatório faz parte da campanha “Nossa Casa” (em inglês, “Home Equals”), lançada em maio pela Habitat para a Humanidade Internacional. Esta é uma campanha global de cinco anos que busca mudar as políticas locais, nacionais e globais para que aqueles que residem em comunidades precárias tenham acesso à moradia adequada.

Mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo vivem em favelas e outros territórios vulnerabilizados e esse número continua aumentando. Eles representam mais da metade dos 1,8 bilhão de pessoas que carecem de moradia adequada globalmente, de acordo com a ONU.

“Aqueles que vivem em comunidades e favelas não estão lá por escolha, mas porque é a solução habitacional que conseguiram encontrar. As políticas certas podem remover barreiras, acelerar esses esforços e abrir as portas para um futuro melhor para muito mais pessoas que merecem a chance de viver em um lar digno e seguro”, comentou Socorro.

A Habitat para a Humanidade Internacional fez um chamado aos países para que reconheçam o acesso equitativo à habitação como uma alavanca fundamental para o desenvolvimento e comprometam-se a atender às necessidades de habitação em comunidades precárias como forma de promover prioridades de desenvolvimento internacional, em setores como crescimento econômico, saúde e educação.

 

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