Equilibrar a maternidade e a carreira profissional costuma ser um grande desafio para a maioria das mulheres, e devido às dificuldades impostas no mercado de trabalho – também encontradas na vida cotidiana, como em casos da falta da rede de apoio -, muitas mães estão buscando o empreendedorismo como forma de trilhar novos caminhos profissionais. De acordo com uma pesquisa realizada em 2022 pelo RME (Instituto Rede Mulher Empreendedora), sete a cada dez empreendedoras brasileiras decidem abrir um negócio depois da maternidade.
Ao empreender, além de buscar a independência financeira, as mulheres passam a ter a liberdade de estabelecer seus próprios horários, adaptando sua rotina às necessidades dos seus filhos e permitindo que, com isso, estejam mais presentes no desenvolvimento das crianças.
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Além disso, um outro ponto que incentiva o empreendedorismo em decorrência da maternidade é a baixa aceitação e acolhimento do ambiente corporativo com as mulheres que são mães ou que estão grávidas. De acordo com uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), quase metade das mulheres que tiram licença-maternidade são demitidas em até dois anos após esse período, e na maioria das vezes a demissão é dada sem justa causa.
Paralelamente, um estudo do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) analisou o empreendedorismo em diversos países, e mostrou o quanto o empreendedorismo feminino tem apresentado um crescimento significativo. No Brasil, por exemplo, as mulheres representam por volta de 51%, chegando a um número maior do que 30 milhões, o 7º país com o maior número de mulheres empreendedoras no mundo.
Outro levantamento, realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), apontou que a maioria das famílias no Brasil é chefiada por mulheres: dos 75 milhões de lares, 50,8% tinham liderança feminina, o correspondente a 38,1 milhões de famílias.
Andressa Gnann, advogada, empreendedora, mãe e mentora de Mulheres Empreendedoras reforça que é fundamental reconhecer o potencial empreendedor das mulheres e lhes fornecer o apoio necessário para desenvolver suas ideias e negócios. “Iniciativas que promovem o empreendedorismo feminino, como cursos de capacitação, acesso a financiamento e networking, são essenciais para fortalecer a presença das mulheres no mundo dos negócios e superar as barreiras impostas pela maternidade no mercado de trabalho tradicional”, afirma Gnann.
No entanto, é importante ressaltar que o caminho do empreendedorismo não está isento de desafios. É necessário que o processo seja bem planejado e que seja levado em conta o quanto empreender exige não somente tempo, mas também investimento financeiro, estudo e persistência.
Para Gnann, o empreendedorismo oferece a oportunidade de explorar talentos e paixões, envolvendo muitas vezes, realizações pessoais dessas mulheres. A mentora tem como foco principal ensinar as mulheres a conquistar sua independência financeira, seja iniciando um negócio do zero ou multiplicando os resultados de um negócio que não consegue crescer.
“A mentoria ensina e compartilha sobre como ter um negócio sustentável e multiplicar os resultados, vinculando o trabalho com a maternidade, com foco na qualidade de vida”, finaliza.
Para saber mais sobre o assunto, basta acessar: www.instagram.com/andressa.gnann