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Como se tornar um profissional competitivo para os EUA

Especialista dá dicas aos brasileiros que desejam ingressar no mercado de trabalho norte-americano

Como se tornar um profissional competitivo para os EUA
Como se tornar um profissional competitivo para os EUA

Que os Estados Unidos da América estão entre os países preferidos para viver ou investir, muitas pessoas já sabem, já que cerca de 1,9 milhão de brasileiros já fazem do país norte-americano a sua residência. Os EUA são o primeiro país com mais brasileiros no exterior, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, e grande parte desse número imigrou atraído por uma oportunidade profissional, tendo em vista a necessidade por profissionais qualificados em diversas áreas de atuação. A taxa de desemprego nos EUA está em 3,5%, de acordo com o Departamento de Trabalho em relatório divulgado no início deste mês. No fim de 2022, havia 11 milhões de vagas disponíveis nos EUA.

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O país também é conhecido por sua diversidade cultural e turismo, com atrações para todos os gostos, desde parques nacionais a grandes metrópoles. Além disso, os Estados Unidos têm um ambiente favorável para empreendedores e investidores, com um mercado altamente competitivo e inovador. O país também possui uma infraestrutura avançada em tecnologia e transporte, o que facilita a logística de negócios. Tudo isso torna os Estados Unidos um destino atraente para aqueles que buscam uma vida melhor, tanto pessoal quanto profissionalmente.

“Para suprir essa enorme carência de profissionais, as empresas dos EUA estão cada vez mais receptivas a talentos de outros países, inclusive do Brasil”, afirma Carolina Leitão, sócia da International Career Transition (ICT) e diretora de desenvolvimento de negócios da Kinp Group, consultorias especializadas em carreira internacional para profissionais brasileiros no exterior. De acordo com a especialista, os profissionais brasileiros são tão capacitados quanto os americanos, tornando-os extremamente competitivos para buscar uma oportunidade nos EUA. “Os profissionais brasileiros já têm a vantagem de falar um outro idioma, têm um número maior de formações acadêmicas que os americanos, têm mais conhecimentos culturais e mais “jogo de cintura”, pois, geralmente, no Brasil, atuam com muito menos recursos, e com isso têm mais habilidades de resolução de problemas”, conclui.

Já a seleção de talentos nas empresas americanas tem algumas peculiaridades, embora ocorra em várias etapas, como no Brasil. “O processo seletivo é bastante semelhante: aplicação nas vagas, entrevistas, avaliação de comportamento e competências até a oferta de emprego. Mas a principal diferença é a cultura. Nos EUA, as entrevistas são mais objetivas, com horário pontual para começar e terminar, perguntas focadas em resultados de carreira do candidato, e nos skills profissionais e técnicos. Não existem perguntas pessoais como no Brasil, onde geralmente os entrevistadores gostam de saber estado civil, se tem filhos, idade, etc. O mesmo raciocínio se aplica para o “Resume” (currículo), que não necessita informar nenhuma informação pessoal, algo comum no Brasil”, explica a especialista em recrutamento e seleção.

Em relação à burocracia envolvida na mudança efetiva de país, o profissional que deseja uma oportunidade nos EUA não precisa ter uma oferta de emprego formalizada para imigrar, pois sua área de atuação pode estar relacionada a uma atividade relevante perante o governo americano. Para atender esse profissional, o governo americano implantou desde 2016, o caminho para o Green Card a partir do EB2-NIW visto concedido a profissionais com habilidades excepcionais, ou seja, com sólida formação acadêmica e experiência profissional comprovadas. A sigla NIW significa National Interest Waiver e confere ao trabalhador se enquadrar na categoria de visto para profissionais que são de interesse nacional, aqueles que atuam em áreas com déficit de mão de obra qualificada.

Profissões em alta e visto de imigração

Segundo o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, as áreas da saúde, tecnologia, engenharia, aviação e direito são as que mais têm demandado profissionais e, consequentemente, oferecido remunerações mais atrativas. Enfermeiros anestesistas e médicos, por exemplo, chegam a registrar ganhos anuais médios de 195 mil dólares e 208 mil dólares, respectivamente, enquanto advogados e pilotos de aeronaves podem ter salários anuais na faixa dos 127 mil dólares e 202 mil dólares. Em alguns casos, no entanto, é necessário estar atento à necessidade de validação ou revalidação de diplomas.

Wagner Pontes, fundador da D4U Immigration, escritório especializado em imigração para os EUA e Europa, explica que para preencher os requisitos de aplicação no EB2-NIW é necessário atender pelo menos três dos sete critérios exigidos pelo departamento de imigração dos EUA. “Quando satisfeitas as condições de elegibilidade e demonstrado o interesse nacional (NIW), o profissional assume o grande diferencial e dispensa a necessidade de oferta de trabalho de um empregador americano. Com esse tipo de visto, ele pode imigrar para o país antes de ser admitido por uma empresa, o que pode facilitar uma eventual contratação desse profissional por já se encontrar em território americano”, afirma o executivo que oferece aos clientes, gratuitamente, a possibilidade de contar com os serviços dos headhunters desde 2020.

 

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