Áustria, Alemanha, Bélgica, República Tcheca, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Islândia, Itália, Letônia, Lituânia, Liechtenstein, Luxemburgo, Malta, Noruega, Países Baixos, Polônia, Portugal, Suécia e Suíça. A extensa lista de países-membros do Acordo de Schengen atrai a atenção de pessoas de todo o mundo, inclusive de brasileiros – que têm planos de viajar, estudar ou morar na Europa.
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Segundo o balanço “Turismo – 2023”, realizado pela Hibou, empresa de pesquisa e insights de mercado e consumo, 53% dos habitantes do país pretendem viajar este ano. O levantamento investigou os comportamentos e expectativas de 1200 brasileiros por meio de um questionário on-line.
Dentre os entrevistados que querem partir para o exterior, 19% revelaram que têm a intenção de viajar para algum país da Europa. O “velho continente” figura à frente de destinos como América do Norte (11%), América Latina (7%). África, Austrália/Oceania e Ásia (3%, cada).
Paralelamente, dados do STB (Student Travel Bureau) obtidos pelo jornal Valor Econômico revelam que, cada vez mais, os brasileiros estão investindo em cursos de graduação e pós-graduação fora do Brasil. De acordo com a instituição, houve “um aumento significativo em termos de vendas e de embarque de brasileiros”.
Lilian Ferro, CEO da Simonato Cidadania, consultoria para o reconhecimento de cidadania italiana, destaca que o número de brasileiros que desejam morar na Europa também vem em uma crescente, dado que pode ser observado a partir do número de pedidos de cidadania de um dos Estados-membros da UE (União Europeia).
Com efeito, cerca de 24 mil brasileiros fizeram pedidos de cidadania europeia apenas em 2020, conforme informações do Eurostat, gabinete de estatísticas da UE. A cidadania italiana foi a segunda mais buscada, com 19,6% das intenções, atrás apenas dos pedidos para a cidadania portuguesa (41,9%), porém à frente das reivindicações para as cidadanias espanhola (15%) e alemã (4,8%) por naturalização ou reconhecimento.
Cidadania italiana facilita o ingresso nos países do Acordo de Schengen
Ferro conta que, para além dos benefícios de morar na Itália, a cidadania italiana abre a porta para os países-membros do Acordo de Schengen, o que facilita o ingresso de brasileiros que conquistam a dupla cidadania. Segundo projeções, o Brasil possui cerca de 25 milhões de ítalo-descendentes, o que leva o país à condição de nação com o maior número de descendentes fora da Itália.
O Acordo de Schengen é uma convenção entre países da Europa sobre uma política de abertura das fronteiras considerada a maior área de livre circulação do planeta. Recentemente, Bruxelas defendeu a entrada da Bulgária, Roménia e Croácia ao espaço. A Comissão Europeia apelou aos Estados-membros para que tomem “as medidas necessárias, sem mais demoras” e autorizem a adesão dos três países ao Espaço Schengen, como mostra uma publicação do site da Euronews.
A CEO da Simonato Cidadania destaca que os brasileiros que conquistam a cidadania italiana usufruem dos mesmos direitos que os cidadãos italianos no que diz respeito à área Schengen. “Brasileiros com ancestrais italianos têm uma facilidade a mais para estudar ou morar nos países da convenção sem a necessidade de visto”, explica. “Isso porque, como cidadão italiano, você tem benefícios de entrada, estudo e moradia diferentes de um ‘estrangeiro’”, complementa.
Para mais informações, basta acessar: https://www.simonatocidadania.com.br/