Os segmentos de moda e beleza foram os que mais apostaram no Live Shopping como estratégia para tracionar seus resultados no e-commerce nos últimos anos. Por outro lado, foi o agronegócio quem apresentou maior retorno sobre investimentos em transmissões online para vendas de produtos e serviços. É o que mostra o Live Shopping Report by Mimo, estudo do setor feito a partir de bases de dados nacionais, cujos resultados ajudam a dar um primeiro contorno ao tamanho do mercado de Live Shopping no Brasil.
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O relatório, que foi desenvolvido pela Mimo Live Sales, startup de live shopping, modalidade que une o live stream com o e-commerce, foi divulgado pelas fundadoras da empresa: a CEO Monique Lima, e a CPO Etienne Du Jardin.
“Foi feito uma base de dados focada no Brasil, contemplando as necessidades do mercado, tanto do lado do comprador quanto das marcas. Esse conhecimento acaba sendo transformado em produtos. E esses produtos, com funcionalidades adequadas ao mercado de consumo nacional, vão fazer as marcas atingirem conversões cada vez maiores da nossa plataforma”, detalha Etienne.
Importância do live shopping para empresas B2B
Um dos destaques do estudo é o retorno sobre investimentos para empresas que têm outras empresas como clientes, ou seja, que operam no B2B. Entre as que têm adicionado o live shopping às suas estratégias comerciais com amplo retorno sobre seus gastos estão as do agronegócio. Para cada R$ 1 investido para realizar transmissões on-line com a participação de consultores que esclareceram dúvidas dos clientes (no caso os produtores rurais), as empresas tiveram R$ 9 em volume de pedidos feitos durante a atração.
“Independentemente do mercado em que é realizado, os resultados revelam o tamanho do apelo que o Live Shopping tem para o público, e os indicadores no Agronegócio denotam isso. Mesmo sendo um público com significativas particularidades, tem alto retorno sobre investimento no formato”, observa Monique.
Setores que utilizam o Live Shopping
Os setores que mais incorporaram o Live Shopping foram o de Moda, concentrando 36% das transmissões. Em seguida aparecem empresas de Beleza (23%), Casa e Decoração (18%), Eletrônicos (9%). Os 14% que restam distribuem-se em outros mercados.
“Os dados demonstram que há um espaço inexplorado para que o varejo e demais segmentos possam utilizar o live shopping como diferencial da concorrência para tracionar mais vendas. A estratégia ainda está em seus primeiros passos no Brasil e isso revela uma grande oportunidade para quem precisa sair na frente”, analisa o Chief Revenue Officer (CRO) da Mimo, Fernando Cardoso.
Melhores resultados em conversão
Quando o assunto é a taxa de conversão média, as farmacêuticas foram os que apresentaram os melhores resultados nos últimos anos. De acordo com o relatório, a indústria farmacêutica registrou 252% de conversão. Seguida pela Indústria (110%), Beleza (35%), Bebidas (34%), Alimentos (32,5%) e Esportes (32,5%). Para chegar ao resultado, o estudo baseou-se no volume de pedidos gerados durante a transmissão.
“É interessante observar o quanto as compras rotineiras parecem ter um grande impacto no consumidor quando ofertadas em uma live. Em comparação a taxa média de conversão do e-commerce, que gira em torno dos 2%, os mercados acima são muito impulsionados quando utilizam o Live Shopping, com taxas de conversão, em vários casos, infinitamente maiores”, observa Cardoso.
Investimento e retorno
Sobre o ROI (Retorno sobre investimentos) que as marcas registraram em suas lives, o report da Mimo mostra o segmento de esportes em primeiro lugar, com retorno de 12 vezes do valor investido. O Agronegócio vem em seguida com retorno de nove vezes. Em seguida aparecem as marcas de Underwear, com retorno de sete vezes e meia, Decoração (7 vezes), Papelaria (6 vezes), Moda (4,5 vezes). Com retorno de quatro vezes aparecem Eletro, Sapatos, Alimentos e Beleza.
Protagonismo das redes
As redes sociais e influenciadores foram os canais que mais trouxeram tráfego para as lives que acontecem nos sites das marcas. Os números dão conta de que 57,9% da audiência que as marcas conseguiram atrair em suas transmissões veio desses dois canais. Somam-se a eles mais 7,9% de clientes vindo via WhatsApp.
Os canais tradicionais, como o CRM e os anúncios em mídia, completam os 34,2% restantes. “Isso nos sugere que, em geral, a tríade CRM, social media da marca e divulgação dos influenciadores funciona muito bem”, comenta o CRO.
Alto Engajamento
O Live Shopping Report by Mimo mediu também a taxa de engajamento das marcas em suas lives. Baseada no volume de curtidas e comentários dividido pela quantidade de usuários presentes na transmissão concluiu-se que o setor de Construção é o líder de engajamento (202%). Em sequência aparecem a Indústria (184%), Acessórios (158%), Imóveis (145%), Agribusiness (141%) e Underwear (128%). Abaixo da média de 100% de engajamento aparecem em ordem: Casa e Decoração (96%), Alimentos (94%), Tecnologia (93%), Bebidas (84%), Eletro (75%), Beleza (66%), Farmácia (61%), Esportes (58%), Moda (53%), Sapatos (40%), Papelaria (35%).
“Isso é reflexo de um bom trabalho prévio que fazemos junto às marcas. Qualificando os leads que entram nas lives, ajudando a marca a levar pessoas que estão mais à frente no funil, portanto são mais engajadas e interessadas em interagir no chat.
Para as fundadoras da Mimo o Live Shopping deve se consolidar em alguns anos como a principal estratégia de vendas de muitas organizações. “As marcas que já embarcaram nessa tecnologia têm tido excelentes resultados, o que faz com que pensem cada vez mais em aumentar sua exposição on-line através de lives”, prevê Etienne.
“É um novo canal de vendas, que converte muito mais por apresentar menor fricção na jornada de compras. Ou seja, o cliente conhece o produto, tira dúvidas e faz a compra sem precisar trafegar entre várias telas. Além do mais, essa junção do streaming com o e-commerce torna a experiência de compra mais humanizada”, conclui Monique.