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ISO: processos para certificação desafiam empresas

Heron Berton, CEO da Veloxi S/A, explica quais são os principais desafios da implantação de processos para certificação e detalha como uma empresa pode se adequar às regras

ISO: processos para certificação desafiam empresas
ISO: processos para certificação desafiam empresas

A ISO (International Organization for Standardization) surgiu em 1946, em Genebra, na Suíça, com o objetivo de criar e promover normas que possam ser utilizadas em todo o mundo. 

O Brasil é representado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Apesar disso, ainda hoje, a ISO representa um desafio para as empresas do país.

Segundo Heron Berton, CEO da Veloxi S/A, a conquista de certificações ISO deve ser implementada de maneira correta e eficaz em uma empresa. ”O procedimento de transição incide em desafios que envolvem colaboradores, processo produtivo e fatores econômicos”, afirma.

“O maior desafio é a própria equipe, que, muitas vezes, não está disposta a passar por transformações, gerando ausência de engajamento e compromisso sobre os objetivos definidos para a homologação da empresa”, complementa.

O especialista explica que, para indústrias no processo produtivo, a homologação de certificados exige a adequação de processos fabris para trazer eficiência à cadeia produtiva, o cumprimento de requisitos legais e regulatórios, “além da identificação e solução para falhas e riscos encontrados”.

Heron conta que a criação e modificação constante de documentos técnicos e instruções de processos também é tida como um desafio a ser superado pela empresa. “A utilização de arquivos atualizados sobre procedimentos de trabalho e instruções técnicas do serviço oferecido, protege o negócio contra entregas de produtos não conformes aos seus clientes, garantindo a credibilidade e confiança sobre a marca”, diz ele.

A expectativa em relação à auditoria é um fator que gera desconforto para os empresários  e pode criar insegurança e atrapalhar o andamento. “Quando ocorre a auditoria, o clima é de tensão, sendo normal que ocorram diferentes reações entre os colaboradores – o que evidencia a importância de treinamentos e preparação para auditoria externa”. 

Para amenizar esta “dor”, prossegue ele, as empresas devem fazer a pré-auditoria pela certificadora – que não é a oficial para certificação, mas ajuda a identificar o estado atual do Sistema de Gestão para a auditoria oficial.

“O responsável pela implantação deve garantir um ambiente seguro e fornecer confiança para que todos se sintam bem. Além disso, as auditorias internas auxiliam os colaboradores com o desenvolvimento da autoconfiança, preparo e cautela sobre os processos”, afirma. “As auditorias podem ser realizadas por consultores ou colaboradores com formação em auditoria interna com o objetivo de identificar possíveis divergências e sugerir maneiras de contornar os problemas encontrados”, diz.

Heron destaca que alguns profissionais ficam incomodados com a transformação, que pode gerar desconfiança sobre demissões e ajustes do processo empresarial. Por isso, o processo deve envolver os membros e usar recursos de comunicação eficientes para repassar transparência sobre o que pode ocorrer – o que envolve os desafios que devem ser enfrentados e os benefícios a serem atingidos. 

Quais as ISOs mais comuns?

O CEO da Veloxi S/A conta que as ISOs mais comuns são a ISO 9001, ISO 14001 e ISO 45001 que compõem o SGI (Sistema de Gestão Integrado), representando um conjunto de requisitos padronizados e que pode ser aplicado a qualquer tipo de organização. “As normas ajudam as empresas a quebrarem barreiras internacionais, promovendo boas práticas de gestão e o avanço tecnológico para tornar o negócio mais eficiente e eficaz”.

Segundo ele, as circunstâncias podem não ser favoráveis para atender a segmentos específicos, ou às demandas de um tipo de cliente, sendo necessário a implementação de normas complementares. “Nessas condições, algumas normas ficam limitadas a um grupo de organizações, geralmente do mesmo segmento ou que atendem a clientes similares. Tais normas são chamadas de normas setoriais”, esclarece.

Quais as vantagens da certificação?

Para Heron, a implementação e a certificação de um sistema de gestão da qualidade pode trazer muitas vantagens, como melhorias no gerenciamento de processos, maior satisfação dos clientes, vantagens competitivas e diferenciais no mercado. “Deve ser realizada uma avaliação de diagnóstico do cenário atual da empresa para identificar o nível de cumprimento das exigências do negócio e obter o planejamento ideal a ser trilhado”, ensina.

Após a identificação das necessidades, vale realizar o balanço dos requisitos que deverão atender às condições para a implantação e homologação. “Diante dos objetivos planejados, deverá existir uma estruturação ou reestruturação para a adequação ao padrão exigido pela certificação desejada”, pontua. “Identificar especialistas com know-how no segmento facilitará o processo de reestruturação e adequação”, acrescenta.

Segundo Heron, utilizar sistemas flexíveis e inteligentes que coletem dados e permitam que o controle de processos, operações e planos de inspeção de qualidade sejam executados pelos colaboradores – sem o desvio das etapas pré-definidas – permitirá a comprovação dos requisitos de controle de desempenho e qualidade ao longo de toda a cadeia produtiva.

Por fim, o especialista ressalta que, além dos procedimentos de ajustes e reestruturação da empresa, é importante realizar sessões de pré-auditoria para analisar os resultados da melhoria do sistema, a fim de identificar pontos que ainda devem ser aprimorados para estar conforme os requisitos das normas regulamentadoras.

Para mais informações, basta acessar: https://veloxi.com.br/

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