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Método Canguru é estratégia para tratamento de prematuros

O contato pele a pele entre o bebê prematuro e seus cuidadores auxilia na recuperação da saúde e desenvolvimento dos recém-nascidos pré-termo, especialmente os de baixo peso

Método Canguru é estratégia para tratamento de prematuros
Método Canguru é estratégia para tratamento de prematuros

Método-canguru é o nome dado a uma estratégia de cuidado e atenção humanizada para bebês recém-nascidos que tem beneficiado especialmente os bebês pré-termo. Ele consiste no contato pele a pele entre a criança e seus cuidadores e traz benefícios não só para a saúde clínica, mas também auxilia na criação de vínculo entre os membros da nova família.

Segundo as diretrizes do Ministério da Saúde sobre o tema, o método pode ser aplicado em recém-nascidos com um peso mínimo de 1.250 gramas. Para sua aplicação é importante que a mãe do bebê permaneça na unidade neonatal com o auxílio da equipe de saúde para ficar com seu bebê pelo maior tempo possível e ampliar gradativamente a relação de toque pele a pele até atingir a posição de canguru, com o bebê embalado junto ao tronco.

Benefícios do método-canguru

O contato pele a pele traz benefícios para a família como um todo. Segundo dados do Ministério da Saúde a aplicação correta do método-canguru ajuda a reduzir o tempo de internação dos bebês prematuros, favorece o aleitamento materno, promove maior estabilidade na temperatura corporal dos recém-nascidos, e reduz os impactos psicológicos da internação, que podem ser muito desafiadores para as famílias, como explica o psicólogo Diego Aguiar.

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“A vivência de uma internação em UTI Neonatal costuma estar relacionada a muitos medos, incertezas, instabilidades, inseguranças, sentimento de culpa, cansaço físico e esgotamento emocional, sem esquecer que mulheres vivenciam o puerpério de forma concomitante às internações neonatais. Sendo assim, é improvável que se consiga ficar imune a todas ou algumas dessas reações emocionais, portanto é importante que elas sejam acolhidas, por quem as vivencia e por sua rede de apoio, seja profissional ou de amigos e familiares”, conta Diego.

O método também intensifica a interação entre a família e a equipe de saúde que está prestando assistência à criança internada e isso ajuda na criação de um vínculo de confiança benéfico, tanto do ponto de vista da convivência com os agentes de saúde, quanto do ponto de vista da evolução clínica do bebê.

“O vínculo de confiança com equipe de saúde é essencial para que sejam validadas as informações recebidas sobre a evolução clínica e da proposta de tratamento para o bebê, sem que sejam criados medos e inseguranças por parte dos pais e que, por vezes, sequer são condizentes com a condição de saúde daquele bebê”, explica Diego Aguiar.

Como fica o contato entre o bebê a família durante a internação neonatal?

O contato entre a família e o bebê podem ser bastante reduzidos durante o período de internação neonatal, uma vez que as visitas de familiares podem ser restritas, contudo isso não significa que os cuidados familiares devam ser deixados de lado, conforme conta o psicólogo.

“Os cuidados materno ou paterno não estão impedidos de serem realizados, durante internação. Existem algumas adaptações quanto às expectativas iniciais, considerando os cuidados hospitalares e as limitações que se fazem necessárias. Mas não podemos deixar de considerar que, a partir da constatação da necessidade de internação do bebê, respeitar e atender a essa necessidade é o melhor exercício de maternidade ou paternidade que se pode exercer nesse momento: atender seu bebê em suas necessidades. Além disso, a manutenção do autocuidado para essas mães ou pais também é essencial”, ele afirma.

 DINO

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