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Setor produtivo articula proposta de desenvolvimento sustentável da Amazônia

Mineradoras estão à frente da iniciativa e articulam com outros setores e com governo evento em Belém (PA) para agosto de 2023. Conferência será precedida por encontros preparatórios ao longo do ano.

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(Foto: Reprodução)

As mineradoras decidiram se envolver mais intensamente nos debates e ações voltados a estabelecer estratégias para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. A proposta é conectar esta iniciativa setorial às agendas globais de combate aos riscos climáticos, já que a Amazônia é crucial para o cumprimento das metas dessa agenda, como se discutiu, inclusive, na recente COP27, organizada pelas Nações Unidas, no Egito.

O primeiro passo está sendo dado, com a busca de articulação pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) junto a eventuais parceiros para organizarem a ‘Conferência Internacional Amazônia & Bioeconomia’. O encontro tem data, dias 30 e 31 de agosto de 2023, e local: Belém, capital do Pará, durante a EXPOSIBRAM 2023, maior evento do setor minera da América Latina. Até lá, o IBRAM e seus parceiros irão realizar três eventos preparatórios para atraírem parceiros e coletarem subsídios direcionados a fortalecer os debates na Conferência.

A ‘Conferência Internacional Amazônia & Bioeconomia’ foi formalmente apresentada, em Brasília aos ministros de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e das Relações Exteriores, Carlos França; aos embaixadores da União Europeia no Brasil, da Austrália e a representantes diplomáticos dos Estados Unidos e Finlândia; ao governador do Pará, Helder Barbalho; bem como a empresários de vários setores.

“A conferência será propositiva. Isso significa que resultará em uma proposta formal de como desenvolver atividades produtivas relacionadas à bioeconomia na região amazônica, tendo a participação de diversos setores, a exemplo da mineração e de outras cadeias produtivas”, afirma o diretor-presidente do IBRAM, o ex-ministro Raul Jungmann. Esta proposta é para ser construída por um conjunto de forças da sociedade, tendo por máxima o respeito às opiniões e posicionamentos da população da região amazônica, em especial, dos povos originários, completa Jungmann.

Para o anfitrião da conferência, o governador do Pará, Helder Barbalho, a mineração é compatível com o bioma e com a geração de valor para o desenvolvimento da região amazônica. Segundo ele, atividades consolidadas, como a mineração e o agronegócio, “devem ser incrementadas com a lógica da bioeconomia e com o incremento do portfólio de commodities do Brasil”.

Raul Jungmann diz que o setor da mineração tem por decisão tomar atitudes relevantes em relação à Amazônia e com a organização da conferência, espera atitudes semelhantes de outros atores, públicos e privados. “No centro das preocupações do mundo está a questão ambiental e, particularmente, a questão climática. E no centro dessa questão climática está a Amazônia. A conferência representa o compromisso do setor mineral com este ativo, que é a Amazônia, ativo no sentido de natureza, biodiversidade, de história, que não é só crucial para os brasileiros, mas importante para o mundo”, explica.

A mineradora Vale, uma das maiores do mundo em atuação, informa que irá apoiar a realização da Conferência. A companhia considera o evento relevante para consolidar a mineração sustentável como pilar do desenvolvimento responsável da Amazônia, diz o vice-presidente executivo de Assuntos Corporativos e Institucionais da companhia, Alexandre D’Ambrósio.

Raul Jungmann explica que “a indústria da mineração tem evoluído sobremaneira na sustentabilidade de suas operações, nas boas práticas ESG e é a fonte dos insumos necessários às inovações tecnológicas voltadas a mitigar os riscos climáticos. Estas requerem uma maior e constante oferta de minérios, como lítio, terras-raras, cobre, entre muitos outros”, diz.

Segundo ele, as pautas globais de transição energética, de descarbonização da economia, bem como de combate à pobreza e de elevação do padrão de vida das populações são, também, pautas do setor mineral. “É um setor que, pelas suas características, se consolida para ser um dos líderes dessa transformação que a sociedade almeja. E a Amazônia tem um papel fundamental para superar tais desafios e, portanto, todos precisamos contribuir para estabelecer os rumos adequados ao seu desenvolvimento sustentável”, analisa o dirigente.

 DINO Agência de Notícias Corporativas

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