Com o avanço tecnológico na análise de dados, como a inteligência artificial, agir de acordo com os princípios ESG deixou de ser apenas uma questão de propósito e tornou-se essencial para a sustentabilidade dos negócios.
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Segundo o relatório ESG Radar 2023 da consultoria Infosys, o conceito de ESG (Environmental, Social, and Corporate Governance) tem se tornado tema central no ambiente corporativo, tendo em vista que os investimentos das companhias em iniciativas desta natureza devem chegar a US$ 53 trilhões até 2025.
“Empresas de diferentes portes e setores que estão mobilizadas para atender aos padrões de sustentabilidade ambiental, social e responsabilidade corporativa”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios.
Durante e depois da pandemia, as grandes empresas aceleraram a adoção das práticas ESG. Já as médias corporações não tiveram disposição e tempo ao longo das últimas décadas para desenvolver maturidade para integrar as práticas ESG no planejamento estratégico e negócio, por isso, o processo ainda está em desenvolvimento tanto no âmbito interno quanto externo.
“A boa notícia é que muitas empresas já estão nascendo com o ESG no DNA, ou seja, são negócios socioambientais e esse movimento vai acelerar a transição cultural do Brasil considerando os impactos socioambientais de forma geral”, analisa Andrea Moreira, CEO da Yabá Consultoria e professora de MBA e Pós-graduação de Sustentabilidade e ESG.
O número de empresas brasileiras que têm adotado esses princípios, ou pelo menos declaram ser adeptas, vem crescendo nos últimos anos. Porém, existe uma diferença importante entre a declaração, e de fato, sua implementação no modelo de gestão e na rotina diária da companhia.
“O fato é que as empresas que não se adequarem às principais tendências de ESG, não serão competitivas a longo prazo. Por meio dessas práticas, é possível gerar ganhos para a sociedade como um todo, além de expandir os negócios tendo a garantia de promover maior eficiência nas operações da cadeia logística, pontua Pascoal Gomes”, diretor financeiro e de relações com investidores da Log-In Logística Intermodal.
Muitos profissionais da alta liderança das empresas que não buscaram conhecimentos durante os últimos 20 anos sobre o tema de sustentabilidade, agora estão acessando o conhecimento junto às universidades, consultorias nacionais e internacionais.
“De uma tendência auxiliar, o ESG mostrou que veio para ficar e está mudando a forma como as empresas se relacionam com as pessoas em vários sentidos, desde consumidores, fornecedores, investidores e acionistas, bem como, a visão ambiental e a de governança”, conclui Vininha F. Carvalho.