Em menos de dois meses, Brasil se tornou o sétimo país do mundo em número de casos confirmados da doença infectocontagiosa
À medida que aumentam os casos de varíola do macaco — monkeypox, em inglês — no Brasil, cresce também a preocupação das pessoas sobre como se proteger da doença. As comparações com a Covid-19 são inevitáveis, embora especialistas ressaltem que este vírus não se comporta da mesma forma que o coronavírus.
A varíola do macaco é uma doença causada pelo vírus monkeypox que, embora circule entre animais, também pode ser transmitido entre humanos.
A forma de transmissão clássica, observada antes do surto atual em países da África onde a doença é endêmica, sempre envolveu contato próximo, de pele ou com grandes gotículas de secreção respiratória.
Fora da África, sempre ficou restrita a poucos casos entre pessoas que viviam na mesma casa. Este já é o maior surto da doença na história — os primeiros casos foram detectados no começo de maio, no Reino Unido e na Espanha.
Atualmente, o padrão de transmissão está associado com atividade sexual (95% dos casos), conforme mostrou um estudo publicado na semana passada no The New England Journal of Medicine conduzido em 16 países.
Os pesquisadores mostraram que, no momento, os casos da doença se concentram em homens que fazem sexo com homens, mas qualquer pessoa está sujeita a pegá-la.
Isso se deve à “baixa imunidade global aos orthopoxvirus [família do monkeypox] e ao aumento de indivíduos suscetíveis”, afirmou em entrevista coletiva, na quarta-feira (27), a líder técnica de varíola do macaco da OMS (Organização Mundial da Saúde), Rosamund Lewis.
A agência sanitária confirmou pela primeira vez que a doença pode ser classificada como sexualmente transmissível.
Transmissão
O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos resume as principais formas de transmissão do vírus.
• Contato direto com as lesões de pele de uma pessoa infectada ou com fluidos corporais.
• Secreções respiratórias durante contato prolongado, face a face, ou durante contato íntimo, como beijo, carinho ou sexo.
• Tocar em itens (como roupas ou lençóis) que foram usados por alguém com a doença.
Fonte:R7.COM