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“Traidor da pátria”, diz Dino sobre fala de Zema sobre Norte-Nordeste

Governador de Minas Gerais defendeu um protagonismo político da frente Sul-Sudeste

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( Foto: Reprodução )

O ministro da Justiça, Flávio Dino, usou as redes sociais para criticar a fala do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que defendeu uma frente Sul-Sudeste contra os estados do Norte e Nordeste do país. Dino disse ser “absurdo que a extrema-direita esteja fomentando divisões regionais”. Citou o artigo 19 da Constituição e completou com uma frase de Ulysses Guimarães, dita em 1988: “Traidor da Constituição é traidor da Pátria”.

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No sábado (5), o governador de Minas Gerais disse em entrevista que defende ações de um consórcio de estados do Sul e Sudeste para se defender no Congresso Nacional de perdas econômicas em resposta aos estados do Norte e Nordeste.

“Outras regiões do Brasil, com estados muito menores em termos de economia e população se unem e conseguem votar e aprovar uma série de projetos em Brasília. E nós, que representamos 56% dos brasileiros, mas que sempre ficamos cada um por si, olhando só o seu quintal, perdemos. Ficou claro nessa reforma tributária que já começamos a mostrar nosso peso”, disse o governador ao Estado de São Paulo.

governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) concordou com o mineiro, “Não tem nada a ver com frente de estados contra estados, ou região contra região. Trata-se de nos unirmos em torno do que é pauta comum e importante para os estados do Sul e Sudeste.”

Em resposta, os governadores do Nordeste publicaram uma carta criticando a entrevista do governador de Minas Gerais. A carta foi assinada pelo governador da Paraíba, João Azevedo (PSB), que preside o Consórcio Nordeste e representa os outros oito chefes de executivos estaduais da região. “Indicar uma guerra entre regiões significa não apenas não compreender as desigualdades de um país de proporções continentais, mas, ao mesmo tempo, sugere querer mantê-las, mantendo, com isso, a mesma forma de governança que caracterizou essas desigualdades.”

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE

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