As vítimas, que faziam o serviço de derrubada e corte de eucaliptos, foram encontradas em uma fazenda no Novo Gama (GO)
A auditoria fiscal do trabalho resgatou oito trabalhadores rurais em condições análogas à escravidão em uma fazenda no Novo Gama (GO), no Entorno do Distrito Federal. As vítimas, que eram exploradas por fazendeiros da região, faziam o serviço de derrubada e corte de eucaliptos.
Aos auditores, os trabalhadores afirmaram que vieram do interior do Maranhão e que eram contratados por meio da indicação de outras vítimas, que informaram sobre a vaga para serem dispensados
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Segundo o Ministério do Trabalho, as vítimas foram encontradas derrubando árvores sob torres de transmissão de eletricidade em alta tensão. O grupo não usava roupas adequadas, banheiro e tinha apenas uma garrafa pequena de água não filtrada.
Ainda de acordo com o relato dos trabalhadores, a alimentação deles envolvia porções de ossos com pouca carne e arroz. As vítimas, que trabalhavam de 6h às 17h, ainda eram responsáveis por preparar a refeição em forno de lenha e dormiam em uma casa próxima a um chiqueiro.Algumas das vítimas afirmaram que sofreram cortes graves com facão. Segundo eles, caso parassem de trabalhar, não recebiam o pagamento do dia.
Os auditores foram informados que o empregador não cumpria com os valores de pagamento combinados. O proprietário da fazenda foi notificado para retirar os trabalhadores do alojamento, formalizar os vínculos de emprego e pagar todas as verbas trabalhistas.
Outros casos
Em dezembro do ano passado, a Polícia Rodoviária Federal resgatou 14 trabalhadores rurais em condições sub-humanas e análogas à escravidão de duas propriedades de Sobradinho, no Distrito Federal.
Na operação, três homens foram presos em flagrante pelos crimes de submissão a trabalho escravo, ou a condição análoga, e tráfico de pessoas.
Fonte: R7.COM