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Reajustes ao longo do ano devem anular o efeito do corte do ICMS

Reajustes ao longo do ano devem anular o efeito do corte do ICMS
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Segundo especialistas, aumento era esperado em razão da crise do petróleo por causa do câmbio, aprofundada com a guerra na Ucrânia

reajuste dos preços dos combustíveis anunciado nesta sexta-feira (17), pela Petrobras, elimina apenas parte do efeito da redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) pretendido pelo governo. Mas, como são esperados novos aumentos ainda neste ano, o corte tributário pode ser anulado, avalia a economista da Tendências Consultoria e pesquisadora associada do Ibre-FGV Juliana Damasceno.

A alta para a gasolina a partir deste sábado (18), por exemplo, será de R$ 0,15 por litro, enquanto simulações do governo apresentadas ao Congresso mostram que as desonerações, tanto de ICMS quanto de impostos federais, podem significar redução de R$ 1,65 no litro da gasolina.

Novos reajustes são previstos para o futuro próximo, seja por conta da pressão cambial ou do preço internacional dos combustíveis”, ressalta Juliana. Ela lembra ainda que a política de desonerações evita, de certa forma, uma inflação hoje, mas que pode ser devolvida no ano que vem.

Para o economista-chefe da consultoria MB Associados, Sergio Vale, o reajuste era esperado em razão da crise do petróleo por causa do câmbio, aprofundada pela guerra na Ucrânia. O que reverbera mais, em sua opinião, é a ingerência que o governo quer fazer na Petrobras e na sistemática de preços de combustíveis no país.Cada vez que o governo tenta interferir na política de preço como tem feito, a expectativa de inflação se mantém ou até aumenta”, afirma Vale. A MB ainda mantém previsão de 8,7% de inflação neste ano, mas a tendência é de ficar acima disso. Para 2023, as projeções são de 5%. “Tudo o que o governo tem feito na boa intenção de tentar ajudar tem tido efeito contrário”, acrescenta ele.

Fonte: R7.COM

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