Rolling Stone elegeu o top 200 do gênero. Ouça os 10 primeiros
A edição americana da Rolling Stone reuniu seu time de jornalistas para escolherem os 200 melhores discos de hip-hop já feitos. O resultado final certamente irá causar polêmica, com álbuns que sempre apareceram no topo de enquetes deste tipo surgindo com menos destaque enquanto outros ganharam mais prestígio. Mostrando que o rap segeu em evolução, muitos discos mais recentes, também garantiram a sua posição entre os clássicos.
Dito isso, o grande campeão foi “Ready to Die”, a estreia de Notorious B.I.G., lançada em 1994, três anos antes de seu assassinato, com apenas 24 anos. Para a RS, o álbum representa o exato momento em que o rap deixou a sua “era de ouro” para entrar na “era moderna”. “O ápice do hip-hop de Nova York e o som do maior rapper da história no ápice de seus poderes”, diz o texto.
Curiosamente, “Ready To Die” ficou em 14° lugar há dois anos na lista que a mesma revista fez com os 500 melhores álbuns já feitos, ou seja, sem um estilo específico. Naquela enquete, o álbum de hip-hop mais bem posicionado foi “The Miseducation of Lauryn Hill”, em décimo lugar. Exatamente a mesma posição em que a vocalista dos Fugees apareceu aqui.
A comparação entre as duas enquetes revela outras surpresas. “Stankonia”, do Outkast que aqui ficou em segundo lugar, apareceu em 64° no ranking geral de 2020, atrás inclusive de outro disco do duo, “Akemini”, que surge agora no 27° posto (e ficou no 49° na lista dos “500 mais).
Nesse campo, a entrada mais surpreendente é “Miss E… So Addictive”, de Missy Elliott (2001), no sétimo lugar, um trabalho que ficou de fora do top 500 de 2020.
Se descontarmos as compilações dos pioneiros como Afrika Bambaataa ou do selo Sugar Hill, que retratam os primórdios do gênero, o álbum mais antigo presente no ranking foi o disco homônimo do Run DMC, de 1984.
Na outra ponta, cinco discos do ano passado já estão entre os “200 eternos”: “Call Me If You Get Lost”, de Tyler The Creator (46°), “Planet Her”, de Doja Cat (136°), “Montero”, de Lil Nas X (151°), “Pray for Haiti”, de Mach-Hommy (168°) e “Sometimes I Might Be Introvert”, da inglesa Little Simz (180°) em um raro aceno a um disco feito por um artista que não nasceu nos EUA.
Fonte: R7.COM