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Rara em humanos, ‘doença da vaca louca’ é transmitida por carne contaminada

Rara em humanos, 'doença da vaca louca' é transmitida por carne contaminada

Rara em humanos, 'doença da vaca louca' é transmitida por carne contaminada
( Foto: Reprodução )

Doença é transmitida por meio do consumo de carne infectada, mas ocorrências são raras devido à fiscalização 

Na última semana, a exportação de carnes brasileiras à China foi suspensa devido a confirmação da infecção de um animal com encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como a “doença da vaca louca”. O acordo comercial entre os países segue um protocolo sanitário previamente estabelecido. Embora seja considerada rara a infecção em humanos, ela pode ocorrer caso haja o consumo de carne contaminada.

A “doença da vaca louca” faz parte das encefalopatias espongiformes transmissíveis, que se tratam de doenças neurodegenerativas fatais, podendo acometer animais e humanos tendo como característica principal o acúmulo anormal de proteínas no cérebro, destruindo células nervosas.

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O médico veterinário Guilherme Moura,  gerente de serviços técnicos da Vetoquinol Saúde Animal, explica que a doença é provocada nos animais por um príon, uma partícula proteica infecciosa. A doença pode ser desenvolvida de duas maneiras: a primeira ocorre por meio da ingestão entre os animais de carcaças infectadas. Para evitar tal contágio, a legislação brasileira proíbe a utilização de ingredientes de origem animal na alimentação bovina. Já a segunda maneira se dá pela mutação atípica e espontânea de uma proteína normal, sendo o meio de ocorrência mais comum.

Se constatado qualquer sinal da doença, é necessário que a entidade fiscalizadora sanitária local seja notificada. A confirmação deve ser feita por exames de laboratórios nacionais e internacionais, constatando se a infecção foi da “vaca louca” atípica, que pode ser lidada com a destruição apenas da carcaça infectada, ou se é um caso da doença clássica, que resulta em detruição de todo o rebanho, assim como quaisquer materiais que possam estar ligados ao(s) bovinos infectados, afim de manter a saúde animal e humana, conforme responsabilidade do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).De acordo com o infectologista José Branco Filho, diretor executivo do IBSP (Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente), a vaca louca, ou vDCJ (variante da doença de Creutzfeldt-Jakob), a doença é rara entre humanos mas, quando ocorre, costuma afetar pessoas jovens, apresentando rápida deterioração cerebral. Ele destaca que a doença ocorre a partir do consumo de carne infectada, em especial carnes provenientes do sistema nervoso, como cérebro e medula espinhal.

( Por:  Giovanna Borielo )

Fonte: R7.COM

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