A rádio Rádio JM 95.5 FM, de Uberaba, Minas Gerais, divulgou uma nota nesta quarta-feira (26), explicando que no segundo turno eleitoral os materiais de campanhas do PL, partido do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, deixaram de ser enviados para a veiculação na grade de programação.
“Desde o início da propaganda eleitoral do 1º turno, a Rádio JM vinha recebendo diretamente dos partidos e coligações os mapas de mídia e respectivos materiais para veiculação na programação diária da emissora. Todavia, no início do segundo turno das eleições presidenciais, os mapas e materiais de uma das campanhas deixaram de ser enviados”, diz a nota. Segundo a emissora, o fato foi percebido em 10 de outubro, e a Justiça Eleitoral foi questionada por telefone.
“Da mesma forma, a emissora acionou o Partido Liberal, expondo a questão e pedindo que os mapas e materiais voltassem a ser encaminhados por e-mail, a exemplo do que ocorreu no 1º turno. Essa providência foi, então, adotada pelo Partido Liberal”, explica a nota.
A rádio diz, ainda, que houve ausência de orientação da Justiça Eleitoral sobre eventual necessidade de reposição das inserções não veiculadas. O pedido foi formalizado por escrito, mas não houve resposta da Justiça Eleitoral, segundo a emissora.
“Lamentamos que o assunto tenha motivado um debate político acirrado e absolutamente desproporcional sobre um questionamento que poderia ter sido resolvido com a simples resposta pedida pela emissora, que assim o fez baseada no princípio da boa-fé e transparência, sempre no propósito de defesa da democracia e de seus ideais, bem como na intenção de sempre bem informar os eleitores, de forma correta e com a lisura que caracteriza sua atuação nas comunicações do país”, conclui a nota.
Segundo a assessoria da campanha do atual presidente, “todas as entregas foram realizadas nos prazos e condições especificadas na resolução do TSE. Os documentos comprobatórios foram encaminhados para o setor jurídico da campanha”, afirmou, por mensagem de texto.
Também foi questionado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o motivo pelo qual a solicitação da rádio não foi atendida, e quais os procedimentos a serem tomados neste caso.
Fonte: CORREIO BRAZILIENSE