O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), conhecido como prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou queda de 0,55%, em novembro na comparação com outubro, conforme divulgados pela autoridade monetária, nesta sexta-feira (13), na série com ajuste sazonal.
A queda foi mais profunda do que o esperado pelo mercado, pois a mediana das projeções previam uma desaceleração de 0,3%. No acumulado do trimestre encerrado em novembro, a queda do indicador foi de 0,68%, conforme a série dessazonalizada do BC.
Na comparação com novembro de 2021, o IBC-Br registrou crescimento de 1,65%, também abaixo da mediana das expectativas do mercado, de 2,25%. No acumulado do ano, o índice de novembro registrou alta de 3,26%. Em 12 meses a variação do indicador foi de 3,15%.
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Os dados preliminares do último trimestre de 2022, confirmando o processo de desaceleração da atividade econômica no iniciado no terceiro trimestre de 2022 e confirmando os efeitos do aperto da política monetária iniciado em março de 2021, quando taxa básica da economia (Selic) estava no piso histórico de 2% ao ano. O impacto da alta de juros tem efeito defasado e começa a ter reflexo na economia depois de seis a nove meses, de acordo com analistas.
O resultado negativo do IBC-Br reforça a tendência apesar da série de estímulos fiscais adotados pelo governo Jair Bolsonaro (PL), que abandonou o discurso de que tinha compromisso com a austeridade fiscal e tentou se reeleger a qualquer custo, e, mesmo abrindo os cofres da União isentado vários tributos, como o PIS-Cofins sobre combustíveis, não conseguiu evitar perda de fôlego do PIB na segunda metade do ano.
Em novembro, a desaceleração dos indicadores da indústria, do comércio e de serviços foi evidente, mostrando as perdas da capacidade de consumo das famílias, cujo endividamento é elevado e a custos bem altos por conta dos juros crescentes cobrados nos empréstimos.
O ex-presidente, inclusive, terá que explicar a descoberta da “minuta do golpe” encontrada na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, que tem a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por omissão. Em café da manhã com jornalistas realizado na quinta-feira (12/1), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que está convencido que houve conivência de autoridades e da segurança, tanto que afirmou estar convencido que as portas do Palácio do Planalto foram abertas aos invasores.
Apoiadores de Bolsonaro, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal no Eixo Monumental, no último domingo (8/12), invadiram, depredaram e saquearam as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no último domingo (8/12). O ex-presidente e Torres, que era o secretário de segurança pública do DF, estavam juntos nos Estados Unidos no dia do ataque à democracia.
(Por Rosana Hessel)
Fonte: CORREIO BRAZILIENSE