As ações do PSE na capital alcançam cerca de 145 mil estudantes, matriculados em escolas das redes municipal e estadual. A triagem de acuidade visual foi retomada em julho de 2021, após o retorno das aulas presenciais, e já resultou na identificação de 23.503 alunos com possíveis problemas de vista, até julho deste ano.
A chefe do Núcleo do Programa Saúde na Escola da Semsa, Giane Sena, informou que a triagem é realizada por profissionais de saúde, como enfermeiros, técnicos em enfermagem ou Agentes Comunitários de Saúde (ACSs), em conjunto com profissionais da Educação, como professores e gestores.
“A promoção da saúde ocular tem um impacto direto na vida das pessoas, e a Atenção Primária executa esse trabalho diferencial dentro das escolas pois isso está diretamente ligado à aprendizagem. Um escolar que vem apresentando dificuldade na visão também vai apresentar baixo desempenho escolar, e ter essa ação dentro da escola vai com certeza melhorar a qualidade de vida desse aluno, não só no aprendizado, mas também na vida social e familiar”, informa Giane.
Triagem
Giane Sena explica que a triagem de acuidade visual alcança crianças, adolescentes e até adultos, em instituições com a Educação de Jovens e Adultos (EJA). A ação é realizada durante o ano letivo, de acordo com planejamento das equipes da Semsa junto com a direção da escola.
“Realizamos a atividade na sala de aula, em todas as turmas, avaliando a acuidade visual de cada estudante, individualmente. Os resultados são registrados de forma nominal, para que a gente consiga fazer esse levantamento e encaminhar os alunos com alterações para o tratamento adequado e de precocemente”, conta a chefe do Núcleo do PSE.
O enfermeiro Moacir Portela, do Distrito de Saúde (Disa) Leste, já foi até diversas escolas da zona Leste para aplicar a triagem. Segundo ele, os profissionais utilizam a Escala Optométrica de Snellen, em que os alunos reproduzem as imagens por meio de gestos manuais, em determinada distância.
“A maioria das escolas do Disa Leste já concluiu essa ação no primeiro semestre desse ano. As equipes foram capacitadas para realizar a avaliação, e o cronograma da atividade foi montado junto com a gestão. As equipes de saúde voltam diversas vezes na escola para que todos os alunos, de todas as turmas, sejam atendidos”, disse Moacir.
A enfermeira Anete Dantas, do Disa Norte, explica que os alunos que apresentam alteração são encaminhados a um profissional oftalmologista, para que seja dado o diagnóstico do problema.
“O PSE do Disa Norte contempla 70 escolas, entre estaduais e municipais, que somam cerca de 48 mil alunos. No levantamento que fizemos neste ano, de fevereiro até o recesso de julho, cerca de 35% deles apresentaram alguma alteração de acuidade visual”, informou Anete.
Cuidado
A chefe do Núcleo do PSE, Giane Sena, destacou que o envolvimento dos pais ou responsáveis é fundamental na assistência prestada aos estudantes no âmbito escolar. “Muitas vezes os pais não conseguem acompanhar o desenvolvimento dos filhos, e nós precisamos unir forças, chamar a família também, para que ela possa estar conosco identificando precocemente possíveis sinais de alteração na visão”, disse.
Um outro ponto importante é a presença da tecnologia na vida dos jovens, um dos fatores que podem afetar a saúde ocular, principalmente com uso inadequado e excessivo dos dispositivos tecnológicos.
“Nós estamos reforçando a questão da leitura atual, na contemporaneidade, junto aos estudantes, para que eles também entendam a importância de se preocupar com a própria saúde, adotar os cuidados necessários para não terem a visão afetada, ou seja, ter responsabilidade consigo mesmo”, finalizou Giane.
Fonte: ASCOM/SEMCOM