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Políticos e especialistas criticam criação de moeda comum para América Latina

Políticos e especialistas criticam criação de moeda comum para América Latina

Políticos e especialistas criticam criação de moeda comum para América Latina
( Foto: Reprodução )

Medida foi discutida entre ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli

A eventual criação de uma moeda comum no âmbito do Mercado Comum do Sul (Mercosul) é vista por políticos e especialistas econômicos com ressalvas, dada a complexidade da implementação da medida, assim como obstáculos de disparidades entre as economias dos países que fazem parte do bloco econômico.

Um artigo assinado de forma conjunta pelos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da Argentina, Alberto Fernández, confirma a intenção de criar a moeda comum para transações — tanto comerciais quanto financeiras. O bloco econômico é formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A possível criação da moeda é criticada por políticos e especialistas. 

O que dizem os políticos

O senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), membro da Comissão de Relações Exteriores do Senado, vê a moeda comum como desnecessária. “É apenas eleitoreira. Não creio que temos dificuldade em função da moeda atual. Portanto, considero desnecessária a discussão sobre uma nova moeda comum. Já temos o Mercosul que trata dessas medidas

“Acredito que ainda não estamos preparados [para a medida] na América do Sul. Ainda falta muito estudo de viabilidade da proposta em si. Tem que fazer um estudo muito grande, muito profundo, sobre a medida. Não é coisa de quatro anos de governo”, avalia o deputado federal Paulo Bengtson (PTB-PA), membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

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“Tem que demorar mais que isso, até porque a diferença de economia dos países que nos cercam é muito grande. E a nossa moeda, que hoje está fortalecida, não venha suprir a necessidade de outros países. Tem que entender a relação de comércio, exportação e importação, enfim”, acrescenta Bengtson.

Também membro da comissão de relações exteriores, o deputado federal Cláudio Cajado (PP-BA) defende amplo debate acerca da medida. “O princípio macroeconômico tem que ser claramente observado. Assim como tem que ter regras claras, deliberadas pelos Parlamentos dos respectivos países, e com grande debate, com engajamento dos setores produtivos”, afirmou.

“Eu sou contra, até porque o Brasil já tem relação com a Argentina”, resumiu o deputado federal João Bacelar (PL-BA).

Fonte: R7.COM

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