Amazônia Sem Fronteira

Polícia

Polícia Civil prende homem condenado a 37 anos de reclusão por estupro de vulnerável contra a própria filha

Polícia Civil prende homem condenado a 37 anos de reclusão por estupro de vulnerável contra a própria filha
(Foto: Erlon Rodrigues/PC-AM)

A vítima sofreu os abusos dos 12 aos 16 anos, durante esse período engravidou duas vezes do pai

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), prendeu, na segunda-feira (10), um homem de 53 anos, condenado a 37 anos de reclusão por estupro de vulnerável contra a própria filha, que atualmente tem 30 anos. Os abusos sexuais começaram quando a vítima tinha apenas 12 anos, em 2005, e se prolongaram até os seus 16 anos, em 2009.

+ Leia mais notícias no portal Amazônia Sem Fronteira

Em coletiva de imprensa realizada na Depca, situada no conjunto Morada do Sol, bairro Aleixo, zona centro-sul, o delegado-geral adjunto Guilherme Torres, parabenizou a equipe da unidade policial que cumpriu com maestria a prisão do homem, assim, levando o sentimento de Justiça para a vítima, de um caso que se arrastava por anos.

“Não temos como mensurar o dano psicológico que este homem causou à própria filha, a qual ele abusou covardemente por anos, inclusive a engravidando duas vezes. Mais uma vez, parabenizo a equipe da Depca por sua resposta eficiente para a sociedade, principalmente para a vítima”, complementou Torres.

Segundo a delegada Juliana Tuma, titular da unidade policial especializada, a vítima passou a morar com o pai, principalmente para cuidar dos irmãos e das tarefas domésticas. Aos 12 anos, ele iniciou uma série de abusos e torturas que se prolongaram até os seus 16 anos. Atualmente, ela está com 30 anos.

“Com o apoio da família, a vítima finalmente reuniu coragem para denunciar o próprio pai. Este caso serve como um lembrete de nossa responsabilidade, especialmente como mulheres, de criarmos uma rede de apoio para outras mulheres que sofreram ou estão sofrendo abuso sexual”, explicou Tuma.

A delegada disse ainda que a vítima não registrou denúncia quando criança por medo das constantes ameaças e agressões. Em um momento em que tentou denunciá-lo, o pai a obrigou a se ajoelhar e a ameaçou de cortar sua língua.

Em coletiva de imprensa, a delegada Juliana Tuma revelou que os familiares da vítima, incluindo seus irmãos, não tinham conhecimento dos abusos sexuais. Os irmãos, inclusive, eram vítimas de agressões físicas como forma de intimidá-la e impedi-la de denunciar os crimes. O pai punia os garotos para que ela se submetesse aos constantes abusos e torturas.

“É impossível imaginar a dor e o sofrimento psicológico que essa mulher carregou por tantos anos, desde a infância. Ela teve seus direitos violados, sua inocência roubada, por aquele que deveria protegê-la e amá-la. Diante dessa situação cruel, estamos tomando todas as medidas cabíveis para que ela receba o acolhimento e o apoio necessários para minimizar os traumas e sequelas que enfrenta”, finalizou a delegada.

Crime

O homem cometeu o abuso pela primeira vez, dizendo que gostaria de saber se a filha era virgem. A segunda vez ocorreu no momento em que todos dormiam, ele foi até o quarto e consumou o ato libidinoso e, após isso, os abusos passaram a ocorrer com frequência em momentos oportunos em que ficava a sós com a vítima.

Na época, a criança passou a resistir aos estupros sofridos pelo pai, foi quando ele começou a agredi-la fisicamente com terçado, corda, fio elétrico, que inclusive lhe causava choques.

Na primeira gravidez da vítima, o autor dos abusos cessou a violência sexual, mas continuou a agredi-la fisicamente com o objetivo de fazê-la perder o bebê. Além disso, ele a obrigou a ingerir medicamentos abortivos.

Aos 16 anos, a vítima engravidou novamente do próprio pai, também em decorrência dos abusos sexuais. Após essa segunda gestação, o homem finalmente parou de cometer o crime.

• Siga o Amazônia Sem Fronteira no Facebook aqui
• Siga o Amazônia Sem Fronteira no Instagram aqui

Denúncias

A PC-AM ressalta que nenhum crime ficará impune, e que quem notar atos suspeitos de abuso ou exploração sexual infantil, deve repassar aos números (92) 99962-2441, disque-denúncia da Depca, ou pelo 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM). “A identidade do informante será preservada”, garantiu a delegada.

Fonte: ASCOM/PC-AM

Mais Notícias

Exit mobile version