Um empresário do Pará usava uma chave Pix de uma loja para arrecadar dinheiro e financiar os acampamentos golpistas. Nesta sexta-feira (20), a Polícia Federal (PF) cumpriu oito mandados de busca e apreensão no estado contra seis pessoas suspeitas de terem financiado o transporte dos participantes dos atos antidemocráticos em Brasília.

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Documentos e equipamentos eletrônicos foram apreendidos nas casas e locais de trabalho dos investigados, na região metropolitana de Belém. Segundo a PF, os alvos da operação teriam estimulado, coordenado e financiado caravanas para as invasões dos prédios dos Três Poderes, em Brasília. Entre eles, estão três microempresárias, um motorista, um bombeiro civil e uma servidora pública.

As investigações começaram a partir de postagens nas redes sociais, que organizavam caravanas tanto para os atos antidemocráticos, na capital federal, como para novas obstruções de rodovias federais e ataques a refinarias, portos e aeroportos. A PF monitorou excursões que partiram de Belém e descobriu a possibilidade de ataques a prédios públicos também no Pará.

Conversas em aplicativos de mensagens, obtidas pela agência de jornalismo Repórter Brasil mostram uma campanha de arrecadação de dinheiro utilizando a chave Pix de uma loja de informática de Xinguara, no sul do estado.

A loja é associada ao empresário Ricardo Pereira da Cunha. Ele foi citado por um dos envolvidos na tentativa de atentado a bomba no aeroporto de Brasília, em dezembro. Cunha não é investigado por esse crime, mas frequentava os acampamentos antidemocráticos montados em Brasília.

A arrecadação de dinheiro existiria desde novembro. Entre os empresários divulgadores da campanha está Enric da Costa Lauriano, que participou dos ataques às sedes dos Poderes e divulgou a invasão nas redes sociais. “Olha que lindo, que lindo, que lindo. O povo tomando conta aqui”, diz ele em um vídeo.

Fonte: SBTNEWS