A nova orientação foi baseada na análise de vários estudos clínicos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou na quinta-feira, 15, diretrizes desaconselhando o uso dos medicamentos fluvoxamina e colchicina para tratar a covid-19 leve ou moderada
De acordo com a entidade de saúde da ONU, não há evidências suficientes que justificam o uso do anti-inflamatório colchicina para tratar doenças não graves. Enquanto que a fluvoxamina não deve ser usada fora dos ensaios clínicos.
O Grupo de Desenvolvimento de Diretrizes da OMS (GDG) destaca ainda que ambos os medicamentos trazem danos potenciais.
Segundo a avaliação da OMS, que analisou três ensaios clínicos com mais de 2 mil pacientes, “a fluvoxamina provavelmente tem pouco ou nenhum efeito na mortalidade”, além de poder ter “pouco ou nenhum efeito na ventilação mecânica e na hospitalização”.
Na avaliação do grupo, a colchicina também tem, provavelmente, “pouco ou nenhum impacto na mortalidade e ventilação mecânica, pode ter pouco ou nenhum impacto nas hospitalizações” e, além disso, pode “aumentar a probabilidade de efeitos adversos que levam à descontinuação do medicamento”.
Os especialistas também destacaram que a toxicidade da colchicina pode ser grave e, às vezes, fatal. A conclusão veio após uma análise de sete estudos que envolveram mais de 16 mil pessoas.
Medicamentos recomendados
Anteriormente, a OMS fez uma forte recomendação para o uso de nirmatrelvir e ritonavir, e recomendações condicionais para sotrovimab, remdesivir e molnupiravir para pacientes de alto risco com covid-19 não grave.
Para pacientes com covid-19 grave, a OMS recomenda fortemente corticosteroides, com adição de bloqueadores de receptores de IL-6 ou baricitinibe, mas desaconselha o uso de plasma convalescente, ivermectina e hidroxicloroquina em pacientes com covid-19, independentemente da gravidade da doença.
Fonte: CATRACA LIVRE