O número de acidentes domésticos envolvendo crianças e adolescentes aumentou 25%, durante as férias escolas. Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), anualmente, são registrados no Brasil 200 mil casos. O estudo foi feito com base nos dados do Datasus.
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Com três crianças cheias de energia, os meses de férias na casa do Emerson Fernando são sempre de muita atenção. “Tudo pode acontecer, porque eles são muito ativos. Então, num momento de descuido acontecem acidentes”, fala.
Não à toa, isso já faz parte do histórico da família. A caçula, Ester, de 5 anos, já foi parar no hospital por ter engolido uma moeda. Henri, de 8, prendeu o dedo em uma porta. E o mais velho, Elvis, de 11 anos, quebrou uma janela com um chute. Por sorte, não foi nada grave. Mas, infelizmente, muitos acidentes não terminam apenas em histórias de família.
É justamente o período das férias escolares, que as crianças ficam mais tempo em casa, que o ambiente pode se tornar mais perigoso. Segundo a SBP, para crianças de até 2 anos, os riscos são queimaduras, afogamentos e quedas de pequenas alturas. De 2 a 6, somam-se a esses casos atropelamentos e ferimentos com ferramentas e objetos cortantes. E, a partir dos 6 anos, os perigos são maiores para quedas de bicicleta, de locais altos, traumas dentários e até ferimentos com armas de fogo.
A médica Luci Pfeiffer lembra que é importante redobrar a atenção. “Fazer esse checklist, as tomadas de casa sempre protegidas, não ter extensões a mostra de crianças que podem levar choque elétrico, cozinha tem que ser proibida para crianças e bebês entre 4 e 5 anos”, pontua.
(Por José Luiz Filho)
Fonte: SBTNEWS