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Novos pacientes são beneficiados com implante coclear na rede pública de Saúde do Amazonas

Procedimento está disponível pelo SUS no Amazonas desde abril

Novos pacientes são beneficiados com implante coclear na rede pública de Saúde do Amazonas
(Foto: Alex Pazuello/Secom )

Mais duas pacientes ativaram o ouvido biônico pela rede pública de Saúde do Amazonas. Na quarta-feira (24), Manuela, de 4 anos, e Milena, de 20 anos, ativaram os respectivos aparelhos, no Hospital Delphina Aziz, unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM). Até o momento, cinco pessoas já realizaram o procedimento cirúrgico e duas estão com a cirurgia marcada para o mês de junho.

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A fonoaudióloga responsável pela ativação do aparelho, Uila Hoffmann, comentou sobre a importância de seguir rigorosamente todas as etapas do tratamento para um resultado positivo. “Depois da ativação, o processo é o de uma jornada. Elas vão fazer acompanhamento através de um mapeamento, que é um trabalho de melhoria de sons para elas terem essa percepção sonora e tratamento fonoaudiológico”, destacou.

A pequena Manuela, de 4 anos, foi a primeira a entrar no consultório e receber a ativação do ouvido biônico. Bastante emocionada, a mãe acompanhou tudo de perto e explicou a sensação de perceber que a filha estava escutando pela primeira vez.

“Foi emocionante. Já chorei tanto, que agora não consigo mais chorar. Foi um momento de muita felicidade perceber que minha filha estava ouvindo. ‘Mamãe’ é a primeira palavra que eu quero que ela fale”, falou Suyan Silva, mãe da paciente.

Estudante de Arquitetura e Urbanismo, a Milena Gabrielly, 20, foi outra paciente que também recebeu a ativação do ouvido biônico. O momento para a jovem foi de muita emoção e de garantia de um futuro mais independente, principalmente na faculdade.

“Fiquei emocionada. Agora eu estou ouvindo e vou ouvir os professores da faculdade, vou entender tudo melhor. Quero mostrar para os professores que quando eles falarem, eu vou escutar”, falou.

A mãe da estudante, Marlen Joyce, 39, também acompanhou o procedimento. Para ela, conseguir fazer o implante coclear pela rede pública de saúde foi uma grande conquista. “Uma luz que surgiu no fim do túnel e um avanço para o nosso sistema público de saúde. Muitas famílias e pacientes não têm condições financeiras para pagar o procedimento. É uma grande vitória”, comemorou.

Procedimento cirúrgico

A cirurgia consiste em uma incisão atrás da orelha para acessar a cóclea, porção da orelha interna responsável pela audição. Por uma pequena abertura, é implantado um feixe de eletrodos junto ao nervo auditivo e fixado um receptor (antena) no crânio do paciente. Como a cóclea não varia de tamanho ao longo da vida, não será preciso trocar a unidade interna.

Os implantes cocleares são indicados para pessoas com perda auditiva neurossensorial severa à profunda. A prioridade para a realização de um implante coclear é para pacientes que nascem com perda total de audição, e que tenham até quatro anos de idade para que seja aproveitada a janela de aquisição de linguagem oral, que é desenvolvida neste período da vida.

Nos casos de pacientes com idade adulta, não há uma idade limite para a recomendação do procedimento, desde que sejam avaliados e se encaixem nos padrões previamente analisados por médicos especialistas.

Fonte: ASCOM/SECOM

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