Um novo tratamento pode abrir caminho para que a catarata seja tratada com medicamentos em vez da cirurgia atualmente necessária, de acordo com um novo experimento.
Uma equipe de cientistas internacionais, liderada pela professora Barbara Pierscionek da Universidade Anglia Ruskin (ARU), vem realizando testes avançados em um composto usado como medicamento anti-catarata.
O medicamento – conhecido pela comunidade científica como composto de oxisterol VP1-001 – restaurou o foco de praticamente metade dos ratos de laboratório em que foi testado. Os resultados foram publicados na revista Investigative Ophthalmology and Visual Science.
É um passo significativo em direção ao tratamento desta condição extremamente comum com medicamentos em vez de cirurgia. Nos testes de laboratório em camundongos, o tratamento com o composto de oxisterol VP1-001 mostrou restaurar a organização proteica do cristalino, resultando em maior capacidade de foco desse cristalino”, comemorou a Professora Barbara Pierscionek, Universidade Anglia Ruskin.
A melhora
Houve uma redução na turvação em 46% dos casos.
“Este estudo mostrou os efeitos positivos de um composto que foi proposto como uma droga anti-catarata, mas nunca antes testado em a ótica da lente”, complementou a professora e vice-reitora da Faculdade de Saúde, Educação, Medicina e Assistência Social da ARU.
A catarata ocorre quando a lente, o pequeno disco transparente dentro do olho, desenvolve manchas turvas de proteína, levando à perda de visão e cegueira para milhões de pessoas em todo o mundo.
Novos testes
Animados, os cientistas correm agora com novos testes para que o tratamento possa ser feito em seres humanos.
“É a primeira pesquisa desse tipo no mundo. Isso mostrou que há uma diferença notável e melhora na ótica entre os olhos com o mesmo tipo de catarata que foram tratados com o composto em comparação com aqueles que não foram. Ocorreram melhorias em alguns tipos de catarata, mas não em todas, indicando que este pode ser um tratamento para cataratas específicas. Será necessário fazer distinções entre os tipos de catarata ao desenvolver medicamentos anti-catarata”, concluiu.
Fonte: SNB