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Nem todo esquecimento é sinal de Alzheimer; conheça indícios que levantam a suspeita de demência

Nem todo esquecimento é sinal de Alzheimer; conheça indícios que levantam a suspeita de demência

Com envelhecimento da população, há tendência de aumento das doenças demenciais nas próximas décadas

É comum que nos esqueçamos de coisas no dia a dia sem que isso seja motivo de preocupação. Porém, a partir de certa idade, é preciso estar atento a sinais que podem indicar alguma doença demencial – o Alzheimer é a mais comum delas.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), atualmente 55 milhões de pessoas vivem com demência em todo o planeta, das quais entre 60% e 70% têm Alzheimer.

Com o envelhecimento da população, estima-se que a demência atinja 78 milhões daqui a oito anos e 139 milhões até 2050.

A médica neurologista Inara Taís de Almeida, membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, explica que os quadros de demência começam a surgir, normalmente, a partir dos 65 anos e afetam de forma consistente atividades cotidianas do indivíduo.

“É uma pessoa que vai se enrolar na hora de tomar medicações, confundir os horários dos remédios; vai se enrolar na hora de pagar contas, pagar uma conta em vez de outra; pode esquecer um trajeto que ela faz normalmente, trocar as ruas. São sinais que talvez mereçam uma avaliação porque pode ter algo neurológico por trás.”

Ela ainda ressalta que as demências em idosos podem se manifestar como dificuldades em realizar tarefas rotineiras e até desaprender coisas que fizeram parte da vida toda, como andar de bicicleta, por exemplo.

“Cada mês vai tendo uma pequena piora, e isso vai tendo impactos no dia a dia”, acrescenta.

Os lapsos de memória em pacientes com Alzheimer começam com esquecimentos de fatos recentes.

Isso ocorre porque eles ficam armazenados em uma área do cérebro chamada hipocampo, que é a primeira a ter células danificadas pela doença.

Durante a fase inicial e até moderada do Alzheimer é comum que os pacientes se recordem de fatos do passado e das pessoas do convívio social.

Somente na fase mais avançada é que células da região cortical do cérebro, que armazena memórias antigas, começam a ser afetadas, fazendo com que o indivíduo não reconheça mais familiares e amigos.Outros sinais de início incluem: mudanças no humor ou personalidade; afastamento de amigos e familiares; alterações visuais (problemas para entender imagens) e dificuldades de comunicação escrita ou falada.

Fonte: R7.COM

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