Para vice, criminosos pensam que há menor fiscalização durante o período; número de alertas de devastação foram recorde em abril
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira (9) que o aumento no número de alertas de desmatamento na Amazônia Legal, que registrou recorde para o mês de abril, pode ter ocorrido porque os responsáveis pelos crimes ambientais entendem que há menor fiscalização durante o período eleitoral. Mourão é o presidente do CNAL (Conselho Nacional da Amazônia Legal).
O que eu vejo, talvez, não sei, pessoas querendo se aproveitar do momento. Nós estamos num processo eleitoral. Então, vamos dizer assim, a vigilância é menor, na tese deles aí. É muita gente operando na ilegalidade”, disse.
Houve um novo recorde no número de alertas de desmatamento na Amazônia Legal em abril. Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), foram 1.013 km² de floresta devastada no mês passado, o maior número para o mês desde o início da série histórica, em 2016.
O número de alertas de desmatamento para abril vem crescendo anualmente. No ano passado, também houve recorde para o período, com 580 km². A alta de 2021 para 2022 foi de 74,66%. O sistema de alertas do Inpe (Deter) é um levantamento de alteração da cobertura florestal.Mourão reconheceu que os números são “péssimos”, horrorosos” e disse que o governo está verificando onde pode ter havido erro na fiscalização. Segundo ele, os ministérios da Justiça e do Meio Ambiente atuam em conjunto em uma operação para combater as ações de devastação da floresta amazônica.
Fonte: R7.COM