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Messi classifica Argentina para final da Copa 2022

Messi classifica Argentina para final da Copa 2022
(Foto: Reprodução/Getty

Copa do Mundo merecia ver Lionel Messi de volta em uma final. Em uma atuação histórica, digna dos melhores momentos da sua carreira, o camisa 10 desfilou toda a sua genialidade e  classificou a Argentina para a grande decisão do Catar 2022. A Croácia, atual vice-campeã, ficou pelo caminho com a derrota por 3 a 0 sofrida no estádio Lusail, em Doha.

O rival da Argentina na decisão de domingo (19) sai do vencedor de França e Marrocos. As duas seleções se enfrentarão nesta quarta (15), às 16 horas (horário de Brasília), no Al Bayt. Os perdedores das semifinais terão se enfrentado um dia antes, no sábado (18), no mesmo horário, no Internacional Khalifa.

A Argentina volta à final depois de oito anos. No Brasil 2014, com Messi inclusive apagado no Maracanã, a bicampeã mundial (1978 e 1986) viu a Alemanha vencer na prorrogação. De lá para cá, o menino de Rosário chegou a dizer que se aposentadoria da albiceleste depois de uma frustração na Copa América 2016; depois, revertou sua decisão, foi campeão do mesmo torneio em 2021 e, agora, tem uma nova chance de para sempre acabar com as cruéis comparações com Diego Maradona, que também foi a duas finais e ganhou uma.

Para a seleção brasileira, em meio à rivalidade, resta exaltar La Pulga e Los Hermanos e saber que poderia ter sido ela a classificada para esta semifinal. A canarinho perdeu exatamente para a Croácia na fase anterior e, pela segunda vez nas últimas três Copas, fugiu do maior clássico do futebol mundial em Copas.

O confronto era entre a Argentina e a Croácia, é claro, mas poderia bem ser traduzido no duelo cerebral de dois dos maiores astros do futebol em seus últimos momentos nos gramados, seguramente em sua Copa do Mundo derradeira: Lionel Messi e Luka Modric. Com 35 e 37 anos, respectivamente, eram eles que ditavam o ritmo de suas equipes.

Ainda que a Croácia, atual vice-campeã mundial, parecesse ter mais companheiros capazes de ajudar o seu camisa 10, a Argentina saiu na frente e tratou de resolver logo o jogo aos 33 e aos 38 minutos do primeiro tempo. Na primeira chance, Julián Álvarez recebeu um lançamento em profundidade e só foi parado pelo goleiro Dominik Livakovic. Na cobrança, Messi bateu firme no canto esquerdo do goleiro e fez o seu quinto gol no Catar, empatando na artilharia com Mbappé. Cinco minutos depois, Julián ganhou na corrida de novo e, na pequena área, só desviou para ampliar.

Time forjado na guerra

O que mantinha a Croácia viva na etapa complementar era justamente a característica de um país que conquistou a independência da Iugoslávia em 1991. A capacidade de lutar da equipe, forjada na guerra, era tanta que o time havia perdido apenas uma partida nas seis anteriores em mata-matas — essa, justamente a final contra a França na Rússia 2018.

Na melhor chance croata, Kovacic tabelou com Petkovic, mas ninguém finalizou o gol. Lovren, de cabeça, também teve uma oportunidade, defendida pelo goleiro Emiliano Martinez. A Croácia estava rendida e ainda sofreu outro golpe.]

Aos 23 minutos, Messi fez outra grande jogada pela ponta direita, driblou Gvardiol como quis e tocou para Julián marcar o seu segundo gol, o terceiro da Argentina. Era tudo para a explosão total da maioria dos 88.966 presentes, que não pararam um minuto sequer de cantar.

Classificados à final, os torcedores se recusaram a deixar o estádio e comemoraram perto do público. A madrugada no centro comercial de Souq Waqif, ponto de encontro de aficcionados de diversos países, ainda promete ser agitada.

(André Avelar, do R7, em Doha, no Catar)

Fonte: R7.COM

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