Estudo muito interessante e extremamente atual e com evidências em nossos próprios consultórios. Os autores avaliaram como fatores de risco cardiovascular e menopausa interagem no desenvolvimento da doença arterial coronária (angina de peito e infarto do miocárdio), em mulheres. Neste interim, avaliaram ainda em qual momento a menopausa poderia ter um impacto mais significativo.
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Foi um estudo de coorte prospectivo (nesse caso o pesquisador está presente no momento da exposição de um ou mais fatores e acompanha por um período de tempo para observar um ou mais desfechos ). Esse estudo incluiu 3.522 mulheres negras e 6.514 mulheres brancas, com médias de idade de 61 e 60 anos, respectivamente, todas livres de doença arterial coronária. A menopausa precoce foi definida como menopausa antes dos 40 anos de idade e o risco estimado de doença coronária ou morte não cardiovascular foi ajustado para a idade, tabagismo, nível educacional, obesidade, hipertensão arterial e diabetes.
O maior número de casos de menopausa precoce foi observado nas mulheres negras comparadas às brancas, 15,5% versus 4,8%. O risco geral de doença arterial coronária foi maior nas negras que nas brancas com menopausa precoce, com risco 40% maior de desenvolver infarto. A associação entre menopausa precoce e risco de mortalidade se manteve consistente após ajustes para os fatores de risco cardiovasculares.
Os autores concluíram que a menopausa precoce está associada com um incremento no risco de doença coronariana ao longo da vida da mulher, e que o período anterior à última menstruação deve ser visto como preferencial na prevenção da doença cardiovascular.
O que chama atenção em nossos consultórios (e é assustador), é como elas desenvolvem muito rapidamente um colesterol elevado e hipertensão arterial.
Referência: Freaney PM,et al. American Heart Association Epidemiology, Prevention, Lifestyle and Cardiometabolic Health Scientific Sessions Virtual. 2021.
Fonte: ESTADO DE MINAS