Foi preciso entrar na justiça para permitir que uma menina brasileira pudesse disputar um campeonato de futebol junto com garotos. E depois que conseguiu, ela recebeu o apoio de várias jogadoras famosas!

A escola da Emanuelle, de 10 anos, não tem um time de futebol feminino. Como ela ama o esporte e já o pratica desde os cinco anos, decidiu que lutaria e conquistaria o espaço dela, disputando ao lado de garotos. E ela conseguiu!

O direito foi conquistado após a família da Emanuelle entrar na justiça, pedindo que a escola permitisse que a garota jogue o campeonato. A decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais foi favorável à aluna

Daniele Alves de Oliveira Martins, mãe de Emanuelle, conta que antes de entrar com a ação, tentou todo tipo de acordo com a instituição, mas sempre recebeu um não como resposta.

Diretoria disse não

Emanuelle não foi autorizada a jogar o torneio de futebol da escola, porque a direção disse para mãe dela que não seria possível formar uma equipe feminina.

Segundo a diretora, não havia meninas suficientes para um time e seria preciso até perguntar se um dos meninos do time concordaria em dar lugar no time para uma menina jogar.

Abriu uma campanha

Foi então que Daniele resolveu iniciar uma campanha. A menina ficou conhecida em toda a escola logo após a festa junina, quando a mãe espalhou cartazes com a frase “Eu só quero jogar futebol com meus amigos.”

Outros colegas e pais também participaram do ato: “Mulher gosta de futebol sim e joga muito bem, obrigada.”

“Nós não estamos falando de um campeonato, sabe, profissional e tudo. Nós estamos falando de criança, e onde os meninos com quem ela tem amizade na escola eles querem, eles falam: ‘Manu, vamos jogar. Se você jogar nós vamos ter mais chances de ganhar’”, contou Daniele.

Juíza acatou o pedido

Na decisão, a Justiça diz que não é razoável não autorizar a participação de Emanuelle no torneio apenas pela ausência de equipes femininas na disputa.

Foi determinado que a escola aceite a inscrição no torneio de futebol, sob pena de multa de R$ 20 mil em caso de descumprimento da decisão.

Em nota, o colégio Santa Rita informou que não tem ciência de qualquer determinação judicial sobre o assunto.

Fonte: SNB