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Lula retorna da Europa amanhã com 3 ministros na mira da CPI 

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( Foto: Reprodução )

O presidente Lula e comitiva oficial desembarcam nesta quarta em Brasília, após 7 dias em missão à Portugal e Espanha, diante de um cenário de enfrentamento político com a oposição pelos próximos 180 dias – prazo inicial para funcionamento da CPI do 8 de Janeiro, a ser instalada também amanhã. É dada como certa  a convocação de vários auxiliares diretos do presidente, entre eles os ministros Flávio Dino, da Justiça, José Múcio Monteiro, da Defesa e o ex-ministro Gonçalves Dias, do Gabinete de Segurança Institucional, além de integrantes da Abin e representantes da área militar do governo Lula.

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, está à frente da construção da estratégia de defesa do Planalto, juntamente com líderes governistas. A equipe prepara forte artilharia para expor os prejuízos e danos causados pelos invasores e transferir a responsabilidade ao ex-presidente Bolsonaro e auxiliares diretos, que teriam estimulado o comportamento e até planos golpistas. Nos bastidores, o grupo batizou a comissão de inquérito de “CPI dos terraplanistas”.

A investigação parlamentar do episódio de depredação das sedes dos três poderes no dia 8 de janeiro, ocorrida em reação à vitória do presidente Lula e em defesa de uma intervenção militar, foi combatida pelos governistas sob o argumento de que retiraria o foco das votações prioritárias para a economia. Após a demissão do general Gonçalves Dias, do GSI, por eventual inação ante à invasão do Planalto, a comissão de inquérito tornou-se inevitável.

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Durante a viagem à Europa, Lula tentou delimitar o potencial estrago político da CPI à esfera do Congresso, afastando-se do tema. “O presidente da República não vota no Congresso” – disse, reforçando que o parlamento “faça a hora que quiser fazer” a investigação por meio de CPI mista. As declarações ocorreram quanto a instação do colegiado já era irreversível.

Os movimentos governistas para controlar a comissão de inquérito já ameaçam comprometer as chances de conciliação política uma vez que devem opor caciques historicamente adversários, como o senador Renan Calheiros (PMDB/AL) e o deputado Arthur Lira (PP/AL). O presidente da Câmara não tem interesse direto na CPI, mas dificilmente tolerará ver o desafeto obter dividendos políticos durante o embate no colegiado.

Fonte: R7.COM

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