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Lentidão da Justiça Eleitoral do Amazonas Permite Posse de Prefeito Inelegível.

Lentidão da Justiça Eleitoral do Amazonas Permite Posse de Prefeito Inelegível.

Lentidão da Justiça Eleitoral do Amazonas Permite Posse de Prefeito Inelegível.
Lentidão da Justiça Eleitoral do Amazonas Permite Posse de Prefeito Inelegível.

A Justiça Eleitoral do Amazonas está no centro de uma polêmica que indignou não apenas os moradores de Envira (AM), mas também a mídia do Acre. No último final de semana, a mídia acreana noticiou a morosidade do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) e foi duramente criticada por permitir que Ivon Rates, condenado em quatro processos por irregularidades nas prestações de contas, assumisse a prefeitura de Envira em 1º de janeiro de 2025.

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Apesar de estar na lista de inelegíveis do Tribunal de Contas da União (TCU) — acusado de improbidade administrativa, uso de notas fiscais falsas e outras fraudes —, Ivon Rates foi autorizado a concorrer nas eleições municipais. A decisão veio do juiz Alfaia, da 46ª Zona Eleitoral de Envira, que contrariou o parecer do Ministério Público e desconsiderou os acórdãos do TCU.

Processo travado e inexplicável lentidão

Mesmo com o parecer pela impugnação emitido pelo Ministério Público e pelo relator do caso no TRE-AM, o julgamento da candidatura foi sistematicamente adiado. Pedidos de vista inexplicáveis paralisaram a análise do caso, incluindo um do juiz Fabrício Marques, que alegou precisar de mais tempo para revisar documentos — isso apesar da clara evidência de dolo nos processos contra Ivon Rates.

O resultado: Ivon Rates, que deveria ser barrado pela Lei da Ficha Limpa, foi empossado prefeito enquanto o processo segue sem desfecho. Essa demora expôs falhas graves na Justiça Eleitoral e abriu espaço para a desconfiança da população quanto à imparcialidade e eficácia do sistema.

Reações e descrédito na Justiça Eleitoral

A comunidade de Envira, assim como especialistas em Direito Eleitoral, critica duramente a lentidão do TRE-AM. O Procurador Regional Eleitoral, Rafael da Silva Rocha, ressaltou que a candidatura de Rates era flagrantemente ilegal, respaldada por decisões do TCU e do TRF1. Para ele, a sequência de adiamentos favoreceu interesses políticos e prejudicou a integridade do processo eleitoral.

A situação é emblemática de um problema maior: a morosidade da Justiça Eleitoral quando há poderosos interesses políticos em jogo. Enquanto processos se arrastam, políticos inelegíveis ganham tempo para ocupar cargos que não lhes pertencem.

O que vem a seguir?

Com o retorno do recesso judicial, o julgamento de Ivon Rates deve ser retomado. A expectativa é que os juízes do TRE-AM finalmente concluam o caso. Até o momento, dois votos já foram computados pela cassação do registro de candidatura de Rates, incluindo o da juíza federal Mara Elisa, do relator Marcelo Vieira que defende a realização de novas eleições em Envira.

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A posse de um político condenado é um golpe contra a democracia e reforça a necessidade urgente de mudanças na Justiça Eleitoral. O povo amazonense não pode mais tolerar a conivência com a corrupção e exige uma resposta rápida e firme. Afinal, até quando a lentidão da Justiça permitirá que a ética seja atropelada pela impunidade?

 

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