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Governo prepara anúncio de medidas para reduzir custo da cesta básica 

Governo prepara anúncio de medidas para reduzir custo da cesta básica
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Em três anos, o grupo de alimentos essenciais passou de R$ 482,40, em fevereiro de 2019, para R$ 715,65, em 2022

O governo federal prepara anúncio de medidas para reduzir o custo da cesta básica. O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (7) ter conversado com líderes do setor sobre o assunto e aposta que os supermercadistas vão diminuir a margem de lucro sobre produtos essenciais. 

O presidente também confirmou participação por meio de vídeo no Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), nesta quinta-feira (9). Bolsonaro estará nos Estados Unidos, onde fará parte da Cúpula das Américas.

O setor de supermercado se mostrou receptivo. Acho que teremos resposta brevemente para produtos da cesta básica, diminuindo margem de lucro. Tenho certeza de que eles vão colaborar nesse sentido”, afirmou o presidente em entrevista ao SBT News. “Conversei com lideranças de supermercados e pedi para eles: o óleo de soja está 13 reais o litro. Não tem cabimento isso aí”, acrescentou.

Nesta terça, o ministro da Economia, Paulo Guedes, teve reunião virtual com o presidente da Abras, João Galassi. No evento da associação, estarão representantes dos principais setores da cadeia nacional de abastecimento. “Nossa intenção é encaminhar soluções de alto impacto econômico, social, ambiental e de governança (ESG)”, afirmou Galassi, em nota.

Impacto da inflação

O custo da cesta básica aumentou 48,3% em três anos. O grupo de alimentos essenciais para a vida dos brasileiros passou de R$ 482,40, em fevereiro de 2019, para R$ 715,65, no mesmo mês de 2022, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

A alta é o dobro da inflação acumulada no período, de 21,5%, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

O impacto da inflação no preço dos alimentos, assim como os combustíveis, tem preocupado o governo federal em ano de eleição. 

Na segunda-feira (6), Bolsonaro anunciou medidas para tentar conter a alta do preço dos combustíveis. Entre as estratégias, o governo federal se compromete a compensar os estados pela perda de arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) desde que os governadores zerem as alíquotas do tributo nas operações que envolvem diesel e gás de cozinha.

Mesmo com desaceleração, a prévia da inflação oficial em maio avançou 0,59%. Com a variação, a maior para o mês de maio desde 2016 (+0,86%), o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) acumula alta de 4,93% em 2022. Nos últimos 12 meses, o salto dos preços é de 12,2%, patamar mais de três vezes superior à meta estabelecida pelo governo para este ano.

Fonte: R7.COM

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