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Gasolina, conta de luz e alimentos pressionam inflação em novembro, mostra FGV

Preço dos combustíveis é barreira para brasileiro comprar veículo, aponta pesquisa
( Foto: Reprodução )

IPC-DI desacelerou para 0,57%, com altas expressivas dos grupos de transporte, alimentação, saúde, vestuário e despesas diversas

O aumento nos preços da gasolina, da energia elétrica e dos alimentos puxou o ranking de principais pressões sobre a inflação no varejo, medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços  Disponibilidade Interna) de novembro, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta quarta-feira (7). O IPC-DI (Índice de Preços ao Consumidor) saiu de uma alta de 0,69% em outubro para uma elevação de 0,57% em novembro.

Duas das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: educação, leitura e recreação (de 3,07% em outubro para -0,74% em novembro) e habitação (de 0,58% para 0,43%). Houve influência dos itens: passagem aérea (de 14,06% para -3,65%) e taxa de água e esgoto residencial (de 3,35% para 0,76%).

Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos de transportes (de -0,19% para 0,92%), alimentação (de 0,74% para 1,06%), comunicação (de -0,73% para -0,35%), saúde e cuidados pessoais (de 0,85% para 0,89%), vestuário (de 0,73% para 0,76%) e despesas diversas (de 0,19% para 0,2%).

Os resultados foram impactados pelos itens: gasolina (de -1,44% para 2,28%), hortaliças e legumes (de 8,56% para 11,45%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de -1,86% para -0,53%), serviços de cuidados pessoais (de 0,35% para 0,48%), calçados (de 0,16% para 0,66%) e serviço religioso e funerário (de -0,08% para 0,41%).

O núcleo do IPC-DI passou de 0,3% em outubro para elevação de 0,27% em novembro. Dos 85 itens componentes do IPC, 37 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumento de preços, passou de 62,58% para 67,42% no mês passado.

Construção

Os aumentos de custos tanto dos materiais de construção quanto da mão de obra aceleraram a inflação do setor no IGP-DI de novembro, informou a FGV. O INCC-DI (Índice Nacional de Custo da Construção) passou de um avanço de 0,12% em outubro para uma elevação de 0,36% no mês passado.

O índice relativo a materiais, euipamentos e serviços saiu de um recuo de 0,02% em outubro para uma alta de 0,14% em novembro. O custo dos materiais e equipamentos passou de uma redução de 0,09% em outubro para um aumento de 0,15% em novembro, enquanto os serviços saíram de alta de 0,36% para elevação de 0,1%.

Já o índice que representa o custo da mão de obra passou de aumento de 0,27% em outubro para elevação de 0,59% em novembro.

Atacado

A queda menos intensa no preço do minério de ferro e a alta na cotação da soja desaceleraram a magnitude da deflação no atacado, medida pelo IGP-DI de novembro — que saiu de uma queda de 0,62% em outubro para um recuo de 0,18% em novembro. Com esse resultado, o índice acumulou avanço de 6,02% em 12 meses.

“A queda menos intensa no preço do minério de ferro (de -5,01% para -1,17%) e o aumento do preço da soja (de -0,51% para 1,29%) justificam a aceleração registrada pelo índice ao produtor. No âmbito do consumidor, a contribuição para a desaceleração partiu de passagens aéreas, cujos preços apresentaram forte recuo, de 14,06% para -3,65%”, afirmou André Braz, coordenador dos índices de preços do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia).

Fonte: R7.COM

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