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Psiquiatra explica fobia social sofrida por Key Alves do BBB 23 em relação ao cantor Michael Jackson   

E no BBB23 uma situação, no mínimo curiosa, vem ocorrendo com a competidora Key Alves: crises e alucinações relacionadas com o astro do Pop Michael Jackson, falecido no ano de 2009.

Fobia social sofrida por Key Alves do BBB 23 em relação ao cantor Michael Jackson   
(Foto: Reprodução/O Noticiado)

Infelizmente, a ocorrência de problemas psíquicos e emocionais vem crescendo a cada dia, escancarando o que muitos já sabem: a saúde mental do ser humano requer cuidados e atenção, assim como a saúde física.

E no BBB23 uma situação, no mínimo curiosa, vem ocorrendo com a competidora Key Alves: crises e alucinações relacionadas com o astro do Pop Michael Jackson, falecido no ano de 2009.

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A jogadora de vôlei enfrentou, dentro da casa mais vigiada do Brasil, um descontrole emocional motivado por medo e pânico, ao imaginar, refletida no espelho de um dos quartos, a presença do cantor. Um típico caso de Fobia Social associado à crise de ansiedade e pânico.  

E o que vem a ser a Fobia Social? O que Michael tem a ver com isso? Vamos lá, a Fobia social é uma condição onde há crises súbitas de ansiedade, medo, desespero associados a sintomas físicos, como: dor no peito, falta de ar, tontura, formigamentos, tremores, suor excessivo, medo irracional, formigamento das mãos, descontrole com crises de choro e coração acelerado. A sensação é de morte ou perda do controle. Os episódios podem acontecer sem motivo aparente ou após um trauma emocional.

As fobias são exemplos de sintomas de crise de ansiedade e suas manifestações podem se dar através de sentimentos que evidenciam o sofrimento psíquico associado à pequenas fragilidades mentais, ativadas por um alvo específico ou não. No caso de Key Alves, o alvo imaginário é o cantor americano de sucesso mundial.

Veja também: Psicanalista alerta que desordem externa pode ser sinal de problemas emocionais

E como lidar com essas fobias? Na grande maioria dos casos, o fator determinante é um gatilho específico que dispara o medo irracional. Esse gatilho pode ter sido causado por algum trauma. No caso de Key Alves, a dor e o desespero no momento de crise deixam claros o sofrimento psíquico.

A exposição, fama, pressão vivida dentro da casa do BBB 23 podem ajudar na intensificação dos sintomas, projetando reações negativas no emocional da jovem. Porém, é preciso uma investigação mais profunda do caso, para identificar quais os reais gatilhos que associam o desconforto dela em relação à figura de Michael, que dispara as manifestações de pânico.

A busca por um acompanhamento psicoterápico é fundamental para entender quais os gatilhos para início dos sintomas e como controlar os efeitos perturbadores da doença.

Porém, o mais importante de tudo é externar os sentimentos, sem medo de ser rotulado como louco, uma vez que muitas pessoas sofrem com este mal e nem sempre sabem como agir.

Existe tratamento e cura para o distúrbio em si, além de medicamentos que auxiliam no controle e redução das crises. No entanto, a psicoterapia também é fundamental, já que atua sobre os desequilíbrios bioquímicos que geram os efeitos físicos associados à doença, além de trabalhar as fobias, a ansiedade e provocar mudanças comportamentais para que o indivíduo aprenda técnicas que possam mudar a sua atitude diante dos ataques de pânico.

Além disso, é preciso se conscientizar da necessidade de construção de uma rede de apoio, leituras e hobbies, como a música, para sentir-se mais forte para lutar contra o medo irracional instalado pelas alucinações.

Enfim, infelizmente a saúde mental ainda é um tabu em nossa sociedade e as crises sofridas por Key Alves dentro do BBB 23 foram motivo de memes e piadas nas redes sociais. Expondo a vulnerabilidade emocional que pode afetar homens e mulheres em diversas faixas etárias e em qualquer classe social, estando ou não confinados em um reality show. O que aprendemos com isso?

Que não podemos julgar a dor do outro. Saúde mental não é brincadeira e ao perceber o menor sinal de desequilíbrio, deve-se buscar ajuda de um profissional qualificado que irá, através de ferramentas adequadas, identificar o problema e dar a tratativa correta para que se consiga viver de forma plena, saudável e equilibrada.

Andréa Ladislau

Doutora em Psicanálise Contemporânea; Membro Imortal da Academia Fluminense de Letras; Psicopedagoga; Letróloga; Administradora Hospitalar; Palestrante; Colunista referência do site UOL; Colunista do Jornal Folha de Niterói; Colunista do Portal Protagonistas do Brasil; Colunista do Portal Cultura e Negócios; Colunista e Redatora da Revista VAM Magazine; Colunista da Revista Preven; Colunista Portal Vida & Ação; Colunista da Rádio Trianon / SP – Programa O Melhor para a melhor Idade – Quadro Reflexões Positivas

Fonte: ASSESSORIA

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