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Fapeam e Unesco discutem parceria para evento do Movimento Década Internacional das Línguas Indígenas

O evento vai reunir indígenas de todo o Brasil e também dos Estados Unidos, que lutam em prol do fortalecimento das línguas indígenas, para discutir propostas para a Década, bem como compartilhar atividades culturais.

Fapeam e Unesco discutem parceria para evento do Movimento Década Internacional das Línguas Indígenas
(Foto: Érico Xavier/Fapeam)

Ação da Assembleia Geral das Nações Unidas visa chamar atenção mundial para necessidade do uso e preservação dessas linguagens

O Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) recebeu no dia (03), representantes no Brasil do Movimento Década Internacional das Línguas Indígenas (International Decade of Indigenous Languages – Idil, 2022-2032). O encontro teve como objetivo alinhar parceria para o 1º Encontro Nacional da Década de Línguas Indígenas, que acontecerá em Manaus, em agosto.

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O evento vai reunir indígenas de todo o Brasil e também dos Estados Unidos, que lutam em prol do fortalecimento das línguas indígenas, para discutir propostas para a Década, bem como compartilhar atividades culturais.

Durante o encontro, a diretora-presidente da Fapeam, Márcia Perales Mendes Silva, destacou a importância da Década Internacional das Línguas Indígenas, para preservar cultura e línguas.

“A Década Internacional das Línguas Indígenas é um movimento valoroso para o mundo, especialmente para o Amazonas e seus povos indígenas. A Fapeam ampara eventos de difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos, assim como sua aplicação, para o desenvolvimento social, ambiental e econômico do nosso Estado”, disse Márcia Perales.

A representante do Brasil para Década das Línguas Indígenas da Unesco, Altaci Rubim, explicou que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o período de 2022 a 2032 como a Década Internacional das Línguas Indígenas, com intuito de chamar a atenção mundial sobre a situação crítica de extinção de muitas línguas e a necessidade do uso e preservação das mesmas para as próximas gerações.

Doutora em Linguística e indígena Kokama, Altaci Rubim informou também que o Amazonas tem o maior número de línguas indígenas do Brasil. Segundo dados da Unesco, cerca de 97% da população mundial fala somente 4% dessas línguas, e somente 3% das pessoas do mundo falam 96% de todas as línguas existentes. A maioria das línguas, faladas sobretudo por povos indígenas, podem desaparecer em um ritmo alarmante.

Na oportunidade, a pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Ana Carla Bruno, que participa como colaboradora e apoiadora do Movimento, lembrou que um dos temas discutidos pelo Grupo de Trabalho (GT) é sobre o papel da mulher na manutenção da língua dos filhos.

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Márcia Perales destacou ainda que o Plano Plurianual 2020-2023 do Governo do Estado instituiu uma linha estruturante denominada “Meninas e mulheres na ciência e no empreendedorismo científico”, como uma política pública, a qual a Fapeam participa, em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), com ações de indução e de popularização da ciência para incentivar uma maior participação feminina nessas áreas.

Participaram também da reunião, pela Fapeam, a diretora técnico-científica, Márcia Irene Mavignier; a chefe de Departamento de Avaliação e Acompanhamento (Deac), Ana Cláudia Maquiné; e a representante do Amazonas do GT Nacional da Década das Línguas Indígenas, Jardeline Kokama.

Fonte: ASCOM/FAPEAM

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