O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, recusou convite do presidente Jair Bolsonaro (PL) para participar de um encontro com embaixadores. A reunião acontecerá na próxima segunda-feira (18) no Palácio da Alvorada, em Brasília.
O cerimonial do tribunal declinou o convite apontando “dever de imparcialidade” por parte do ministro, que não pode ir a eventos organizados por candidatos ou pré-candidatos.
“Incumbiu-me o Senhor Presidente do Tribunal Superior Eleitoral de agradecer ao honroso convite, mas, na condição de quem preside o Tribunal que julga a legalidade das ações dos pré-candidatos ou candidatos durante o pleito deste ano, o dever de imparcialidade o impede de comparecer a eventos por eles organizados”, diz ofício de Fernanda Jannuzzi, chefe do cerimonial do tribunal.
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O tema do encontro com os “chefes de missão diplomática” não foi divulgado oficialmente pela Presidência. Porém, nos últimos dias Bolsonaro disse que pretende tratar do processo eleitoral com os representantes estrangeiros.
O presidente costuma questionar o resultado das eleições, afirmando, sem provas, que houve fraude nas eleições brasileiras. Na live do último dia 7, o chefe do Executivo falou sobre a conversa com embaixadores.
“O assunto será um powerpoint para mostrarmos tudo que aconteceu nas eleições de 2014, 2018, documentado, bem como essas participações dos nossos três ministros do TSE, que também são do STF, sobre o nosso sistema eleitoral”, declarou.
Durante a transmissão ao vivo, Bolsonaro voltou a sugerir que o presidente do TSE já sabe o resultado das eleições. Há meses que o tribunal vem reforçando as campanhas contra a desinformação sobre as urnas eletrônicas e o processo eleitoral.
(Por Fernanda Valente)
Fonte: O TEMPO
