Ao menos 8.301 pessoas morreram em decorrência de disparos de arma de fogo no país, segundo dados da Gun Violence Archive
Os Estados Unidos voltou a discutir a circulação de armas entre civis após uma série de ataques tirar a vida de mais de 30 pessoas, em diferentes regiões do país, nas últimas semanas. Segundo informações da imprensa americana, os armamentos usados nestes incidentes tinham registro e origem legal.
A organização Gun Violence Archive, que notifica episódios com armas de fogo nos EUA, registrou 234 tiroteios em massa no país em 2022 — quando quatro pessoas ou mais são mortas ou feridas na mesma ação. Estes números apontam para mais de um caso por dia em território americano.
Os altos números, tratados pela mídia dos Estados Unidos como uma endemia, dividem a nação. Em entrevista ao R7, o cientista político e integrante do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Leonardo Paz Neves destaca a fragmentação dos americanos sobre o assunto.
“A percepção do povo é muito diferente. Tem um grupo de pessoas, de maneira geral mais urbanos, mais progressistas, que acha que na realidade a facilidade de adquirir armas é um problema. Vai ter um outro grande grupo que acha que não, que acredita que não são as armas que matam pessoas, são pessoas que matam pessoas.”A Gun Violence Archive registrou 8.031 mortes e 15.119 feridos em eventos com armas de fogo nos Estados Unidos até 1º de junho. Dentre as vítimas baleadas que não morreram, 466 são crianças e 1.924 acidentes. A organização ainda destaca os 609 episódios com vítimas em disparos acidentais.
Fonte: R7.COM