Jamal Khashoggi foi morto e desmembrado em outubro de 2018 por agentes sauditas no consulado do país em Istambul, na Turquia
O governo Biden determinou na quinta-feira (18) que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, tem imunidade em um processo pelo assassinato de Jamal Khashoggi.
Khashoggi foi morto e desmembrado em outubro de 2018 por agentes sauditas no consulado saudita em Istambul, uma operação que a inteligência dos Estados Unidos acredita ter sido ordenada pelo príncipe Mohammed, que é o governante de fato do reino há vários anos.
“Jamal morreu novamente hoje”, disse a ex-noiva de Khashoggi, Hatice Cengiz, no Twitter minutos depois que a notícia se tornou pública. Ela acrescentou mais tarde: “Pensamos que talvez houvesse uma luz para a justiça nos EUA. Mas, novamente, o dinheiro veio primeiro.”
Em outra postagem, Hatice fez críticas à determinação americana dizendo que Mohammed bin Salman não foi julgado e absolvido, mas “ajudado para escapar do julgamento”.Em um documento arquivado na Corte Distrital dos EUA para o Distrito de Columbia, os advogados do Departamento de Justiça escreveram que “a doutrina da imunidade do chefe de Estado está bem estabelecida no direito internacional consuetudinário”.
No fim de setembro, o rei saudita Salman nomeou o príncipe Mohammed como primeiro-ministro em um decreto real que uma autoridade saudita disse estar de acordo com as responsabilidades que o príncipe herdeiro já estava exercendo.
O escritório de comunicações do governo saudita e o porta-voz do consulado saudita em Washington não responderam a um pedido da agência de notícias Reuters para comentar o caso.
Fonte: R7.COM