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Estudo busca alternativa para baratear produção de mudas de guaraná no AM

Estudo busca alternativa para baratear produção de mudas de guaraná no AM

Pesquisa desenvolvida com apoio do Governo do Amazonas busca dar mais autonomia para produtores rurais

Com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), o estudo “Ambientes e épocas para enraizamento de estacas de guaranazeiro” tem buscado criar uma tecnologia alternativa para baratear a produção de mudas de guaraná no Amazonas e, assim, dar ainda mais autonomia para produtores rurais plantarem o fruto em suas propriedades.

Segundo a coordenadora do projeto, a doutora em Agronomia Tropical, Sônia Maria Figueiredo Albertino, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a proposta é testar uma estrutura simples, denominada “câmara úmida”, que pode ser confeccionada com materiais disponíveis na propriedade do produtor rural, tais como, madeira para a estrutura, garrafas pet, que podem substituir o cano PVC e plástico para cobertura.

“Feita uma estrutura como essa, o ambiente estará semelhante às condições de viveiro convencional, fornecendo umidade e temperatura adequadas para a produção de mudas de guaranazeiro. De posse dos resultados, pretendemos repassar a tecnologia aos produtores em dia de campo, por meio de reunião com os comunitários e com associações de agricultores, além da divulgação à comunidade científica por meio de paper a ser publicado”, explica Sônia.

Ainda conforme as informações da pesquisadora, o guaranazeiro pode ser propagado por sementes ou por estacas, mas a propagação por estaquia é vantajosa em materiais promissores, por garantir qualidades agronômicas desejáveis da planta matriz, entre outras vantagens. No entanto, esse processo é oneroso e exige estrutura sofisticada de viveiro além de conhecimento técnico para o controle da umidade e temperatura, tornando o sistema incompatível com a realidade dos pequenos produtores da região.

“Acreditamos que uma pequena alteração nesse processo, como a substituição do viveiro convencional pelo sombreamento natural das copas das árvores da floresta e a confecção de uma estrutura simples de câmara úmida que possa fornecer a umidade necessária para garantir a sobrevivência e o enraizamento das estacas, aliadas ao conhecimento da época ideal para isso, pode reduzir consideravelmente o investimento do pequeno agricultor, que poderá produzir suas próprias mudas com economia”, reforça a pesquisadora.

A pesquisa está em andamento com previsão para terminar no primeiro semestre de 2023. Atualmente, o grupo de pesquisa realiza a preparação das plantas matrizes bem como dos ambientes de enraizamento para executar o plantio da segunda época a ser estudada, a qual irão analisar dois ambientes: viveiro de mudas e câmara úmida de enraizamento. No estudo, são usadas três espécies de guaranzeiro, o BRS-Maués, BRS-Luzeia e o clone 815. O experimento é conduzido no campo experimental da Embrapa, instituição parceria no estudo, situado no município de Maués (a 276 quilômetros de Manaus).

Apoio Fapeam

O estudo é realizado por integrantes do grupo de pesquisa “Guaraná da Amazônia” do Programa de Pós-Graduação em Agronomia Tropical da Ufam e recebe apoio da Fapeam por meio do Programa Amazônidas – Mulheres e Meninas na Ciência, edital Nº 002/2021, iniciativa do Governo do Estado, via Fapeam, que visa estimular o aumento da representatividade feminina no cenário da Ciência, Tecnologia e Inovação C,T&I local.

Fonte: ASCOM/FAPEAM

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