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Em defesa da Amazônia, Caprichoso surpeende a galera no primeiro dia de apresentação

Em defesa da Amazônia, Caprichoso surpeende a galera no primeiro dia de apresentação
(Foto: Aguilar Abecassis)

O Boi Caprichoso iniciou a apresentação do espetáculo “Amazônia, nossa luta em poesia” declarando defesa à vida. A primeira noite de apresentação do bumbá teve como temática “Amazônia-Floresta: Grito da Vida”. Com módulos alegóricos aéreos, o bumbá criou momentos de surpresas.

Impactante, o início da apresentação contou com entrada por cima do Bumbódromo do apresentador, Edmundo Oran, e do levantador de toadas, Patrick Araújo, acompanhados de um Balé aéreo fantasiados de vagalumes, que guiavam o voo dos itens azuis. A abertura se deu ao som de “Candelabros Azuis”, do compositor Ronaldo Barbosa.

A proposta do conselho de arte é juntar o povo da floresta seja real, lendário ou imaginário para uma luta pelo povo-floresta. “A poesia amazônica torna-se manifesto onde vida e imaginário formam um corpo uno, um  corpo-floresta, uma gente-Caprichoso, unidos em defesa de nosso  território, nossa morada, nosso ar, nosso tudo. A luta dos seres-floresta”, declara o manifesto do bumbá.

A Lenda Amazônica “Ka’aporanga”, do povo Maraguá, que habita o município de Nova Olinda do Norte, trouxe a cunhã-poranga azul, Marciele Albuquerque. Ela representou a própria entidade, uma protetora da floresta, que defende a mata quando esta é ameaçada.

O Boi-Bumbá Caprichoso usou a arena do Bumbódromo para uma crítica importante ao contato do branco e do indígena. Com a celebração folclórica intitulada “A crueldade do conquistador – o roubo da terra” o bumbá mostra um dos momentos mais cruéis da história do Brasil, a ocupação da Amazônia, que dizimou inúmeros povos indígenas e deu origem ao Império Espanhol.

Para fechar a noite, o Caprichoso mergulha no frio da crença do povo Tupari sobre os tarupás, “entidades sobrenaturais maléficas que incidem sobre as questões climáticas para maltratar a humanidade”. No Ritual Indígena, o paje Erick Beltrão vai lutar contra o espírito da friagem, Sucaí, para reestabelecer o equilíbrio climático e salvar a aldeia de uma morte congelante.

O bumbá apresentou seu primeiro espetáculo em 2h:30m:07s, sete segundos a mais, porém dentro do limite para não ter perda de nota.

Fonte: REPÓRTER PARINTINS

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