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Economia

Dólar cai para R$ 4,87 e atinge menor valor em um ano

Dólar sobe para R$ 5,29 e atinge maior valor desde janeiro de 2023
( Foto: Reprodução )

O dia seguinte após o feriado de Corpus Christi foi positivo para o mercado brasileiro. Com o avanço das ações da Petrobras e de grandes varejistas nacionais, o câmbio do dólar comercial encerrou a sexta-feira (9) aos R$ 4,87, com queda de 0,97%. Durante o dia, a moeda norte-americana chegou a atingir R$ 4,85 — o menor valor registrado desde 8 de junho de 2022, há praticamente um ano.

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A queda do dólar foi alavancada por bons resultados no mercado brasileiro e internacional. O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa – B3) chegou a atingir os 117.603 pontos durante o pregão e encerrou o dia em alta de 1,33%, aos 117.019 pontos. Com isso, a bolsa brasileira já acumula seis resultados positivos em sequência no mês de junho, o que representa um aumento de 8,02% no período.

Devido ao recuo do preço da moeda norte-americana, as ações de companhias aéreas e agências de viagem tiveram crescimentos expressivos durante o pregão. Os papéis da CVC (CVCB3) lideraram o Ibovespa nesta sexta, com um avanço de 9,85%. Além disso, a Gol (GOLL4), com 7,28% de alta, e a Azul, com 0,61%, também performaram bem nesta sexta.

Além disso, as ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) alavancaram o resultado do Ibovespa e fecharam o dia com altas de 4,81% e 4,88%, respectivamente. No começo do dia, os papéis da Vale (VALE3) também puxavam a bolsa para cima, por conta do avanço de 3,44% no preço do minério de ferro na China, mas ao longo do dia recuou e fechou o último pregão da semana em queda de 0,45%.

É hora de comprar dólar?

Quando o dólar começa a cair a compra da moeda estrangeira já começa a ser vista como um negócio vantajoso. No entanto, o analista de investimentos, Sidney Lima, alerta que ainda é cedo para se dizer que o valor da moeda norte-americana não vai seguir a tendência de recuo na próxima semana. Se isso se confirmar, ele afirma que um bom patamar para se investir no câmbio, seria quando a moeda atingisse o patamar de R$ 4,75.

“A percepção de economia mais controlada, aquecida, e a iminente inclinação da curva de juro, faz com que o investidor passe a aceitar mais riscos em papéis de renda variável, impulsionando uma consistente entrada de capital no país. Com uma maior oferta de dólar aqui dentro, é natural que a moeda caia, até porque a percepção de risco e corrida para proteção em dólar (ou nos EUA), não tem sido tão atrativa no momento”, considera o analista.

Para explicar o movimento de queda do dólar e a sequência de altas do Ibovespa, o economista e sócio da Vokin Investimentos, Guilherme Macêdo, acredita que os dados de inflação mais fraca, combinado com um alívio da escalada da taxa de juros por parte da política monetária, elevaram o ânimo dos investidores nas últimas semanas.

“O movimento de hoje ele vem pautado em uma mudança de expectativa que já está se refletindo no mercado há pelo menos três semanas, de meados de maio para cá. Em maio também houve um movimento bastante positivo para bolsa e para o real. O real se valorizou e, consequentemente, o dólar se desvalorizou, e segue assim”, comenta.

Fonte: CORREIO BRZILIENSE

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