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Defensoria realiza mutirão de reconhecimento de paternidade, com exames gratuitos de DNA

Defensoria realiza mutirão de reconhecimento de paternidade, com exames gratuitos de DNA

Defensoria realiza mutirão de reconhecimento de paternidade, com exames gratuitos de DNA
(Foto: Evandro Seixas/DPE-AM)

População já pode agendar atendimentos pelo Disk 129; serão oferecidas 500 vagas para a ação “Eu Tenho Pai”

A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) vai realizar, no dia 26 de novembro, o mutirão “Eu Tenho Pai”, das 8h às 17h, na sede da instituição, na avenida André Araújo, bairro Aleixo, na zona sul. A proposta é promover a efetivação de um direito fundamental: o reconhecimento da paternidade biológica ou socioafetiva.

Para o evento, serão disponibilizadas 500 vagas, das quais 200 vagas serão destinadas exclusivamente para aquelas pessoas que desejam realizar exames de DNA para obter a inclusão do nome do pai no registro de nascimento. O serviço será gratuito.

Para participar, os interessados devem ligar para o Disk 129, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, e solicitar o agendamento prévio. As inscrições já iniciaram e vão até o preenchimento das vagas.

De acordo com a coordenadora da área de Família, defensora pública Hélvia Castro, o mutirão “Eu Tenho Pai” é importante não só para garantir que uma criança tenha o nome do pai ou da mãe no registro de nascimento, mas também por assegurar acesso à justiça integral, gratuita e humanizada.

“A grande maioria das pessoas que precisam desse tipo de atendimento são vulneráveis economicamente e precisam da Defensoria Pública para terem acesso à Justiça. Considerando o grande número de crianças sem o nome do pai na nossa região (10%), a realização de mutirões como este é fundamental para facilitar esse acesso”, explicou.

Conforme dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen), por dia, em média, 470 crianças foram registradas somente com o nome da mãe, nos últimos cinco anos, no Brasil. O levantamento aponta que, entre 2016 a 2021, 16 milhões de nascimentos foram registrados no país, dos quais mais de 859 mil sem o nome paterno.

No Amazonas, no mesmo período, foram registrados 318.615 nascimentos, dos quais mais de 26 mil sem o nome do pai no documento.

A defensora destaca que é um direito da criança e do adolescente ter sua paternidade reconhecida. “O nome é um direito da personalidade, pois individualiza a pessoa, distinguindo-a de outras. Além disso, o reconhecimento de paternidade garante ao filho a possibilidade de conviver com o pai, manter com este uma relação saudável, de amor, afeto e solidariedade familiar, bem como as consequências lógicas da filiação, como direito aos alimentos e condição de herdeiro”, enfatizou.

Ainda segundo a defensora, não só pais ou mães biológicos podem requerer a Investigação ou reconhecimento de paternidade/maternidade na DPE-AM.

“Percebemos um aumento da demanda de investigações e reconhecimentos de paternidade/maternidade socioafetiva, o que demonstra ser uma das razões do aumento de crianças registradas apenas no nome das mães. Por isso é necessário que a informação chegue às pessoas; afinal, a figura paterna é importante na relação filial, na criação e na educação dos filhos”, disse.

DNA gratuito
Durante o mutirão “Eu Tenho Pai”, a Defensoria vai disponibilizar 200 atendimentos exclusivos para os casos que necessitem de exame de DNA. De acordo com a subcoordenadora da campanha, defensora pública Sarah Lobo, essas vagas são destinadas para aquelas pessoas que manifestem, no ato do agendamento, o interesse em ajuizar ações de investigação de paternidade, a fim de obter a inclusão do nome paterno na certidão de nascimento, e estejam em comum acordo para realização do exame.

Também serão realizados exames de DNA quando o pai quer reconhecer o filho, mas não tem certeza do vínculo biológico, e por isso quer fazer o DNA, informa a defensora pública.

“Por exemplo, uma criança acredita que determinada pessoa é seu pai, mas não existe uma certeza. Essas pessoas agendam o atendimento para a investigação de paternidade, pelo Disk 129, e no dia do mutirão será realizado o atendimento e coleta do material biológico para o exame de DNA, aqui mesmo”, explicou.

A medida visa dar mais celeridade em situações em que as partes não possuem condições financeiras de pagar o DNA.

“É uma iniciativa inédita, porque o público que nos procura é economicamente hipossuficiente, ou seja, não tem condições de arcar com as custas de um exame desse tipo, nem com custas processuais. Então, de forma pioneira, a Defensora vai ofertar gratuitamente o exame de DNA para que mais crianças tenham o direito à paternidade reconhecido”, disse.

Mais de 100 profissionais, entre defensores, assessores jurídicos, apoio administrativo e técnicos de enfermagem estarão envolvidos no dia da ação.

Fonte: ASCOM/DPE-AM

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