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Debate hoje: Bolsonaro e Lula terão 1 hora de confronto direto, na Band TV

Debate hoje: Bolsonaro e Lula terão 1 hora de confronto direto, na Band TV

Debate hoje: Bolsonaro e Lula terão 1 hora de confronto direto, na Band TV
(Foto: Reprodução)

Nesta noite, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontram pela primeira vez desde o confronto nas urnas que apontou uma forte polarização entre os dois já no primeiro turno das eleições presidenciais. Às 20h deste domingo (16), os candidatos participam de debate promovido por pool formado pelo portal UOL, o grupo Bandeirantes, a Folha de S.Paulo e a TV Cultura, com apoio do Google e YouTube.

Os presidenciáveis travam embate no domingo que encerra a primeira metade das campanhas de um segundo turno, até aqui, marcado por trocas de acusações, informações falsas e busca por apoios políticos ao redor do país. Enquanto isso, propostas para o próximo mandato são relegadas ao segundo plano.

O debate será dividido em três blocos e terá perguntas feitas por jornalistas e embates diretos entre os participantes. Uma hora inteira será reservada para que os candidatos façam perguntas entre si com tema livre. Em caso de ofensas morais ou pessoais, Lula e Bolsonaro poderão pedir direito de resposta, que, se concedido, dará 1min a mais para o candidato ao fim de cada bloco.

O debate bloco a bloco

O primeiro encontro do segundo turno ocorre após eleição marcada pela polarização já na primeira etapa, com Lula somando 48,43% dos votos e Bolsonaro, 43,20%. As pesquisas eleitorais apontam que o resultado das urnas no dia 30 seguirá a tendência de uma disputa acirrada. Se seguir as tendências dos debates do primeiro turno e das campanhas de ambos os candidatos, temas como religião, corrupção e ataques pessoais devem ser a tônica da noite de hoje.

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No primeiro bloco, os candidatos serão perguntados pelos mediadores do debate. Lula será o primeiro a responder. Ambos terão um minuto e meio para a resposta. 

Depois, os participantes iniciam um embate direto e cada um terá 15 minutos para administrar entre perguntas, respostas, réplicas e tréplicas.

No segundo bloco, quatro jornalistas dos veículos que formam o pool formularão perguntas aos presidenciáveis. Bolsonaro responde à primeira e à terceira perguntas; e Lula  a segunda e quarta questões. Cada candidato terá 1min30 para a resposta e não haverá réplica ou comentários.

O terceiro e último bloco começa com uma mesma pergunta sendo feita pelos mediadores para os dois candidatos. Lula começa respondendo, e ambos terão 1min30 para a resposta. Na sequência, os presidenciáveis terão 15 minutos para embate direto, nos mesmos moldes do primeiro bloco. O debate se encerra com 1min30 para considerações finais dos dois participantes.

Relação dos debates no segundo turno 

Mais quatro debates estão previstos até a eleição, em 30 de outubro. Os candidatos não confirmaram participação em todos os eventos. Lula já disse que pretende comparecer a dois embates com o atual presidente no segundo turno, enquanto Bolsonaro disse em entrevista exclusiva aos Diários Associados, na quarta-feira, que estará em todos os debates. 

As datas e os organizadores  dos próximos debates são:

  • 17 de outubro, Rede TV! e Metrópoles
  • 21 de outubro, CNN Brasil, SBT, Estadão, Veja, Terra e NovaBrasilFM
  • 23 de outubro, TV Record
  • 28 de outubro, na TV Globo
     

Campanhas eleitorais agressivas

O primeiro embate direto entre os presidenciáveis ocorre em momento quente das campanhas, focadas, mais do que nunca, em ataques ao adversário. “É bom a gente marcar que o segundo turno é um campo propício para um aumento do volume da frequência da intensidade de desinformação, porque o segundo turno é naturalmente polarizado. A gente costuma falar que a eleição está polarizada, mas o segundo turno é, por design, uma polarização. A máquina de desinformação foca mais, tem um alvo muito específico. O que temos este ano é uma eleição já muito polarizada e que ganha novo impulso com a chegada do segundo turno”, avalia Carlos Affonso Souza, diretor e cofundador do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS Rio), sobre o cenário eleitoral.

A campanha oficial de Lula começou o segundo turno apostando em um tom mais ríspido nas críticas ao candidato do PL. Os programas petistas seguiram explorando a gestão do atual governo na pandemia e na economia, mas subiu o tom apostando no uso de materiais antigos de Bolsonaro, como uma entrevista em que o então deputado relatava uma ocasião em que foi convidado a participar de um ritual indígena envolvendo canibalismo.

Do lado de Bolsonaro, a campanha atacou Lula com foco na corrupção, focando nas condenações do ex-presidente na Operação Lava-Jato e associando a imagem do petista a organizações criminosas. Os programas do atual presidente chegaram a citar a votação no candidato do PT entre condenados pela Justiça e sugerir que o retorno de Lula ao Planalto simbolizaria a libertação de criminosos.

Presença de temas religiosos

Fora dos horários reservados à propaganda na TV e no rádio, o teor dos conteúdos que circularam envolvendo ambas as candidaturas foi ainda mais agressivo. Vídeos associando Lula ao satanismo obrigaram o petista a declarar que “jamais conversou com o diabo” e focar parte dos esforços da campanha no voto de religiosos. Do outro lado, registros de Bolsonaro em eventos da maçonaria circularam com o objetivo de questionar a postura cristã do candidato à re- eleição.

Em entrevistas e discursos ao redor do Brasil, ambos os candidatos focaram em alimentar a rejeição ao rival. ‘Pinguço’, ‘genocida’, ‘negacionista’, ‘traidor da pátria’, ‘ex-presidiário’, associações à Ku-Klux-Klan, ao canibalismo ou a Al Capone estão entre as ofensas que Lula ou Bolsonaro proferiram ao longo de duas semanas de segundo turno.

Nesse contexto, as campanhas acionaram o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por diversas vezes para solicitar a retirada de materiais de desinformação do ar. Em levantamento publicado pela Folha de S.Paulo na sexta-feira, a corte atendeu a 37 pedidos da equipe de Lula para retirar materiais que o associam a perseguição religiosa, corrupção, associação à organização criminosa paulista PCC, kit gay, incentivo ao uso de drogas, entre outras. Já Bolsonaro teve concedidos seis pedidos, que envolvem conteúdos que o ligavam a temas como nazismo, canibalismo, mortes por COVID-19 e violência política no período eleitoral.

O “Beabá da Política”

série Beabá da Política reuniu as principais dúvidas sobre eleições em 22 vídeos e reportagens que respondem essas perguntas de forma direta e fácil de entender. Uma demanda cada vez maior, principalmente entre o eleitorado brasileiro mais jovem. As reportagens estão disponíveis no site do Estado de Minas e no Portal Uai e os vídeos em nossos perfis no TikTokInstagramKwai YouTube.

(Por Bernardo Estillac)

Fonte: ESTADO DE MINAS

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