Kim Jon Un, líder norte-coreano, defendeu há alguns dias a ampliação e o reforço do arsenal nuclear de seu país
A Coreia do Norte lançou nesta quarta-feira (4) um míssil balístico, anunciou o Exército sul-coreano, apenas uma semana depois de seu líder, Kim Jong Un, defender a ampliação e o reforço do arsenal nuclear do isolado país comunista.
Desde o início do ano, Pyongyang executou 14 testes de armas, que incluíram o primeiro lançamento de um míssil balístico intercontinental desde 2017.
“Detectamos um míssil balístico lançado pela Coreia do Norte às 12h03 (0h03 de Brasília) da área Sunan”, nos arredores de Pyongyang, em direção ao mar do Japão, anunciou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em um comunicado.
O míssil percorreu 470 km e alcançou altitude máxima de 780 km, informou o órgão militar, que denunciou uma “flagrante violação das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas”.
O ministro japonês da Defesa, Makoto Oniki, confirmou o lançamento e a trajetória. Ele denunciou que os “repetidos lançamentos de mísseis balísticos ameaçam a paz e a segurança da nação, a região e a comunidade internacional”.
Apesar das sanções internacionais contra o programa nuclear e armamentista, a Coreia do Norte anunciou que pretende modernizar seu arsenal e testou vários projéteis proibidos recentemente.
O país também retomou o programa de mísseis intercontinentais que, ao lado do programa de armas nucleares, permaneceu estagnado durante a tentativa de negociação com o ex-presidente americano Donald Trump, que fracassou em 2019 e está paralisado desde então.
O dirigente norte-coreano Kim Jong Un advertiu no sábado (30) que poderia usar de maneira “preventiva” o arsenal do país, que inclui armas nucleares, para contra-atacar ações ameaçadoras de países hostis.
Durante um desfile militar na semana passada, Kim defendeu a necessidade de aumentar a “força nuclear na maior velocidade possível”.
“As forças nucleares, símbolo de nossa força nacional e eixo do poder militar, devem ser fortalecidas em termos de qualidade e escala”, declarou, segundo a imprensa estatal.
“Há boas chances de que tenham disparado um míssil que pode ser equipado com ogivas atômicas”, disse Ahn Chan-il, professor de estudos norte-coreanos.
Fonte: R7.COM