Rapper canta sobre o amor e exalta guerreira indígena no show desta sexta-feira, 24
A rapper Brisa Flow se torna a primeira indígena a se apresentar no Lollapalooza, nesta sexta-feira, 24.
Nascida em Sabará (MG) e filha de artesãos chilenos, ela teve o primeiro contato com hip hop aos 13 anos e se tornou artista naturalmente, como ela descreve.
Com um setlist que mistura rap com cantos ancestrais, jazz, eletrônico e neo/soul, Brisa estreia no festival ao lado da banda: Ian Wapichana (voz e violão), Vênus Garland (teclado), Beatriz Lima (baixo), Victor Prado (trompa) e Pitee Batelares (bateria).
Além disso, ela desenvolveu o figurino em parceria com Vicenta Perrotta, do atêlie TRANSmoras, que é focado em capacitar pessoas trans para trabalhar no mercado de moda.
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“A partir do momento que tudo é imagem, signo, linguagem. A gente vendo isso nos palcos, a gente vendo isso nos videoclipes, a gente vai quebrando os racismos, as xenofobias, as transfobias”, afirmou ao g1.
O disco fala sobre amor e exalta a guerreira Janequeo. Pois, segundo Brisa, ela estava cansada de focar na violência e de ver as histórias sobre líderes importantes acabarem esquecidas.
Brisa Flow enxerga o Lollapalooza como uma oportunidade do Brasil conhecer ainda mais a música indígena.
“O brasileiro gosta de música indígena. Ele só não sabe porque não chega para ele, então acho que essas portas precisam ser abertas na mídia, na televisão, no rádio”, diz a rapper. (…) A gente já tem indígena que canta forró, que canta eletrônico, rock and rol, rap, trap, drill… existe um leque muito grande e não só no Brasil”, disse por fim.
Fonte: CATRACA LIVRE
